Metodologia prospectiva para seleção de espécies candidatas a estudos morfológicos: caso da semente e plântula de duas espécies do gênero Jatropha L.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Agronomia Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4082 |
Resumo: | A prospecção científica e tecnológica é uma ferramenta que agrega valor a informação que se encontra dispersa sobre os mais diferentes temas do conhecimento, permitindo fomentar em quantidade, qualidade e tempo adequado à tomada de decisão, seja ela de um pesquisador ou de um empresário. Com os resultados são identificadas áreas do conhecimento que apresentam gargalos para o seu desenvolvimento. Assim, foi observado que o gênero Jatropha L. apesar da identificação de seus potenciais usos, muitas de suas espécies mostram-se com poucos estudos morfológicos sobre suas unidades básicas, que são imprescindíveis para a identificação da espécie e desenvolvimento de pesquisas. Para identificar esse gargalo, no primeiro capítulo foi realizado o estudo prospectivo do gênero Jatropha L. com foco em biotecnologia como agente agregador na agricultura. A coleta de dados foi realizada nas bases da Web of Science e Derwent Innovation Index. Os dados recuperados foram tratados no programa Vantage Point e em seguida analisados. Foi constatado que o número de publicações científicas sobre o gênero supera o número de depósitos de patentes. O Brasil possui número baixo de publicações e apenas um documento de patente. A instituição que se destacou com um número significativo foi o Indian Institute of Technology, localizado na Índia. Através das palavras-chave dos autores e dos códigos listados na Classificação Internacional de Patentes pode-se observar o foco das pesquisas e produtos que são os processos de transformação do óleo e melhoramento da espécie Jatropha curcas. No segundo capítulo, foi realizado um mapeamento científico e tecnológico sobre duas espécies do gênero, são elas, J. gossypiifolia e J. podagrica e, assim entender os avanços do conhecimento sobre estas espécies. Os resultados mostraram que o número de publicações sobre J. gossypiifolia supera o de J. podagrica. Os principais periódicos utilizados para publicação foram Journal of Ethnopharmacology e Planta Medica. Os países que se destacaram em volume de publicação sobre J. gossypiifolia foram a Índia, Brasil e Austrália; e, os países de prioridade de patentes o Japão e a Índia. Para J. podagrica, os países de maior número de publicações foram a Nigéria, Índia e Estados Unidos; e como os países de prioridade os Estados Unidos, China, Japão e Dinamarca. O Brasil ocupa o 4º lugar no ranque no que se refere a J. podagrica. As pesquisas relacionadas a estes países, inclusive o Brasil, apontam resultados sobre seu uso medicinal, testes de comprovação, síntese e extração de substâncias. No que tange a instituições de pesquisa, a Universidade Federal do Maranhão se destacou como o maior centro de geração de conhecimento sobre J. gossyppifolia. A espécie J. podagrica possui como referência em publicações, a University of Ife e University of Ibadan (Nigéria). O Brasil desponta, pelo esforço da Universidade Federal de Lavras, com três artigos publicados. Os principais códigos da Classificação Internacional de Patentes (CIP) para Jatropha gossypiifolia estão focadas nas preparações para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas, atividade terapêutica específica de compostos químicos ou preparações medicinais; e, uso específico de cosméticos ou preparações similares para higiene pessoal. Para Jatropha podagrica as patentes são relativas a novas plantas ou processos para obtenção das mesmas; reprodução de plantas por meio de técnicas de cultura de tecidos; horticultura; cultivo de vegetais, flores, arroz, frutas, vinhas, lúpulos ou algas; silvicultura; irrigação. No terceiro capítulo, foi realizado o estudo sobre a morfologia da semente, germinação e plântula de J. gossypiifolia e J. podagrica. Foi observado pelas análises que as sementes apresentam algumas distinções e podem ser diferenciadas por algumas características, como a forma oblonga em J. gossypiifolia e elíptica em J. podagrica e pelas suas dimensões, comprimento e peso. As espécies apresentam ainda variação quanto a forma das folhas e número de eofilos. A presença de epicótilo com estípulas tricomatosas em toda a extensão para J. gossypiifolia e epicótilo glabro com presença de estípulas tricomatosas na base do pecíolo para J. podagrica foi outra característica para distinção das espécies em estudo. |