O palco e a vida em Claraboia, de José Saramago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cavalcante, Kelly Gomes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1801201523698097
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6481
Resumo: Claraboia constitui a exposição da realidade urbana da cidade de Lisboa no período da ditadura em Portugal, formada após a migração em massa das populações rurais, da grande crise de 29 e das consequências das revoluções contrárias ao Governo, quando os prédios antigos eram constituídos de poucos andares e acumulavam famílias inteiras em pequenos apartamentos sob condições precárias. Por meio desta imagem, José de Sousa Saramago apresenta os típicos conflitos internos, sociais, políticos e econômicos também presentes nas outras obras, instigando questionamentos quanto à postura social e aos rigores que a ditadura impusera, já focalizando o dimensionamento dos papéis femininos em um processo de transformação social, antes de transformar a si próprias. Ironias, pontuações e contrapontos são dispostos de modo a colaborar com a exposição dessas cenas, sugerindo confrontos de opiniões e, ao mesmo tempo, resguardando ideias de naturezas diferentes, no sentido de desconstruir os mitos de Portugal e o moralismo imposto pelo governo daquela época. Este texto apresenta possibilidades de estratégias narrativas responsáveis pelas orientadas desconstruções de verdades absolutas a respeito de posturas determinadas para as relações sociais, para o comportamento da família e para os lugares femininos, viabilizando proposições alternativas a que deveríamos permanecer passíveis para uma leitura democrática e consciente, permitindo experienciar novas, outras e até desconhecidas verdades.