Um estudo descritivo do sentido passivo em textos do português registrado no Amazonas no século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Samara Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8612628545262001
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8681
Resumo: A nossa pesquisa investiga as construções sintáticas com sentido passivo no português do Brasil, tendo como objetivo geral a descrição das construções sintáticas com significado passivo em textos do Jornal do comércio no século XX, e como objetivos específicos: identificar as formas verbais que se relacionam com o sentido passivo e entender como a deponência motivou na formação da passividade em textos do século XX. As edições selecionadas foram dos meses de janeiro, fevereiro e março de 1910 com o total de 272. Para selecionar, separamos as construções sintáticas em três formas: ativa, passiva e reflexiva, sendo 58% de ocorrências ativas, 40% de passivas e 2% de reflexivas, respectivamente. Em relação à ativa, encontramos 4 variantes: verbos intrinsecamente passivos (VIP), forma com ergativação, forma de infinitivo, forma de gerúndio; à passiva, forma passiva analítica (VPA) e forma passiva pronominal (VPP); e a forma reflexiva. Verificamos também que a variante com maior incidência é a VPP com 44% nas edições do Jornal do Comércio do Amazonas. Delimitamos a nossa busca pelas construções a uma seção do jornal, o anúncio, por se aproximar mais da língua falada. Com a análise dos dados, procuramos comprovar a hipótese levantada para esse trabalho: que existem outras construções sintáticas com sentido passivo, além das tradicionais formas passivas. Nesse trabalho, levamos em conta o sentido passivo explicado por Bechara (2009) e Hauy (1992), como uma forma de entender o funcionamento do sentido. Também utilizamos para defini-lo os papéis temáticos por meio de Cançado e Amaral (2016) e Cançado (2018), e as propriedades semânticas propostas por Cançado (2005). Constatamos que encontramos construções com sentido passivo: formas ativa, passiva e reflexiva, também observamos que a forma passiva tem variação de sentido em relação à passiva pronominal, ora passivo, ora ativo com indeterminação do sujeito, quando o verbo está no singular. Encontramos uma construção não listada na forma ativa no material antes: gerúndio, sendo acrescentada na análise de dados. Observamos a quantidade de ocorrências de formas ativas e reflexivas, suficientes para comprovar a hipótese levantada nesta pesquisa.