Síntese de nanopartículas de prata mediadas por extratos vegetais de Astrocaryum aculeatum

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Santos, Sidney Souza dos
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0343494296208592
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia - Itacoatiara; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia para Recursos Amazônicos
• Palavras-chave em Português: Nanopartículas; Biossíntese; Palmeira – Amazônia; CIENCIAS AGRARIAS; Nanotecnologia; Síntese verde; Recursos amazônicos; Atividade microbicida
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8754

Considerando os diferentes métodos de preparação de nanopartículas de prata (AgNPs), a rota biológica se apresenta como uma alternativa interessante devido ao seu baixo impacto ambiental e ao uso de matérias-primas renováveis no processo. Os extratos vegetais têm mostrado resultados promissores na produção de AgNPs, além disso, existem uma grande diversidade de plantas na região amazônica cujo seus extratos (caule, fruto, semente e folha) podem ser usados como agentes biorredutores em rotas sintéticas alternativas. O presente estudo investigou a formação de AgNPs através da síntese mediada por extratos aquosos da polpa de tucumã (Astrocaryum aculeatum) em diferentes condições, avaliando o impacto da variação de condições experimentais na obtenção das dispersões das nanoestruturas. Baixas concentrações do extrato de tucumã (2 g de polpa em 200 mL de água) no meio reacional não foram suficientes para reduzir todos os íons de prata presentes durante o período de tempo investigado. Enquanto isso, concentrações elevadas de fitoquímicos (4 g de polpa em 200 mL de água) geraram uma competição entre os processos de biorredução e a complexação de cátions prata. As condições em meio alcalino exibiram bandas relacionadas à formação de AgNPs em menor tempo, formaram sinais mais nítidos, com maior intensidade e em menores comprimentos de onda, de acordo com a técnica espectroscópica UV-Vis, indicando a ocorrência de nanoestruturas menores e mais uniformes com relação a meios ácidos. Os resultados de DLS também exibiram uma tendência similar, indicando um menor tamanho médio das AgNPs em meio alcalino em relação as amostras obtidas em meios ácidos. Para a variação de temperatura, com o aumento da mesma houve uma intensificação do sinal da banda RPS. Entretanto, os resultados de DLS sugerem que o aumento da temperatura favorece a polidispersividade das AgNPs, diminuindo a metaestabilidade dos coloides produzidos. Foi detectada atividade antimicrobiana para a amostra em concentração média de extrato vegetal (3 g de polpa em 200 ml de água), meio alcalino na temperatura de 40 ºC frente a E. coli. Os resultados sugerem que a formação de AgNPs é influenciada pelos parâmetros experimentais concentração de extrato vegetal, pH e temperatura. A amostra obtida empregando concentração média de extrato vegetal, pH 9 e na temperatura de 40 ºC apresentou os melhores resultados para atender ao objetivo microbicida proposto neste estudo.