Caracterização química, físico-química e espectroscópica do pólen coletado por abelhas sem ferrão Amazônicas.
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4265 |
Resumo: | O pólen apícola é produzido pelas abelhas, mediante a aglutinação do pólen das flores misturado ao néctar e às suas substâncias salivares. Há tempos este produto vem sendo utilizado como complemento alimentar na nutrição humana, pois representa uma importante fonte de nutrientes e substâncias antioxidantes, que ajudam a prevenir diversas doenças degenerativas e cardiovasculares. O pólen mais estudado em todo o mundo é o coletado pela abelha Apis mellifera, e pouco se conhece sobre a constituição química do pólen coletado por abelhas sem ferrão. Além dos métodos convencionais de análise da composição de alimentos, um método que pode ser empregado na análise de pólen é a Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), que aliada a métodos quimiométricos permite determinar similaridades ou diferenças na composição química das amostras. Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar a composição química, as características físico-químicas e o potencial antioxidante do pólen coletado pelas abelhas sem ferrão amazônicas Melipona seminigra e M. interrupta, provenientes do Meliponário do Grupo de Pesquisas em Abelhas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus – AM. Os resultados das análises químicas e físico-químicas do pólen coletado por M. seminigra e M. interrupta foram respectivamente, 53,39% e 37,12% de umidade no pólen fresco; 12,55% e 8,85% de umidade no pólen liofilizado; 11,34% e 6,86% de proteínas; 10,8% e 6,47% de lipídios; 4,03% e 2,74% de cinzas; 9,3% e 13,65% de fibras; 51,94% e 61,4% de carboidratos; valor calórico de 311,3kcal% e 310,7kcal%; sólidos totais de 46,60% e 62,87%; pH de 3,70 e 3,34; e atividade de água de 0,91 e 0,85. Apenas o pH do pólen coletado pelas duas espécies de abelhas e o percentual de proteína do pólen coletado por M. interrupta estava em desacordo com o Regulamento Técnico Brasileiro de Fixação de Identidade e Qualidade de pólen apícola. Nas análises por cromatografia em camada delgada comparativa foi possível observar manchas características de substâncias fenólicas, principalmente no pólen de M. seminigra, o qual apresentou atividade antioxidante. Por espectroscopia de RMN de 1H foi possível identificar sinais característicos das substâncias α e β-glicose, alanina, etanol e ácido acético, indicando que o pólen pode passar por fermentação do tipo acética. As análises dos dados de RMN de 1H por quimiometria permitiram constatar que as abelhas sem ferrão amazônicas estão coletando pólen de diferentes origens florais e, portanto, com diferentes composições químicas, tanto na mesma estação climática, quanto em estações climáticas diferentes. O pólen coletado pelas abelhas amazônicas parece ser um complemento alimentar muito valioso do ponto de vista nutricional, pois além de conter diversos nutrientes importantes para a manutenção da saúde, apresenta também atividade antioxidante, que pode ajudar na prevenção de diversas doenças. |