Vivências de pessoas em situação de rua com diagnóstico de HIV/Aids: possibilidades de compreensão a partir de Heidegger e Merleau-Ponty

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rocha, Gabriel Vitor Melo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0696607065526264, https://orcid.org/0000-0002-2803-4726
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9631
Resumo: O difícil acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde é devido principalmente pela inabilidade das instituições em atenderem esse público em suas especificidades. Um dos principais agravos de saúde que essa comunidade enfrenta é a infecção sexualmente transmissível HIV/Aids, especialmente por não disporem de condições para aderirem ao tratamento. O objetivo deste estudo foi compreender as experiências de pessoas em situação de rua com diagnóstico de HIV/Aids sob o viés da fenomenologia de Martin Heidegger e de Maurice Merleau-Ponty. Foi utilizada a pesquisa qualitativa a partir do método de investigação fenomenológica de pesquisa em psicologia, através do uso do questionário socioeconômico, diário de campo e entrevista fenomenológica. Os participantes foram 08 pessoas em situação de rua que vivem com HIV/Aids, na cidade de Manaus-AM. A coleta do material atentou-se às normas da Organização Mundial de Saúde para evitar a transmissibilidade da Covid-19. A análise dos dados, de acordo com as orientações de Amadeo Giorgi, resultou em quatro categorias: 1. O casulo da situação de rua: o caminhar da vida me levou ao lugar onde estou!; 2. O casulo do diagnóstico: a facticidade do ser-vivendo-com-hiv; 3. O casulo do antigo lar e o despertar de novas relações: ser-com e intercorporeidade; e 4. O rompimento da crisálida: a metamorfose através do aprendizado, dos desafios vivenciados e da projeção ao futuro. Conclui-se que, apesar das vulnerabilidades e da violação de direitos que a população em situação de rua que vive com HIV/Aids enfrenta, são seres-no-mundo que vislumbram possibilidades de mudanças de sua condição, planejando o futuro e criando vínculos. É necessário efetivar políticas públicas específicas para essa comunidade e capacitação de profissionais da saúde para atender adequadamente as demandas do ambiente da rua.