As crostas lateríticas da região central de Roraima - RR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santos, Francinele Vieira dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3685880424777476
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3274
Resumo: As crostas lateríticas, que representam os relictos das transformações paleoclimáticas especialmente entre o Cenozóico e o Recente, permitem inferir as condições e a evolução do intemperismo na região intertropical da Terra. Na borda do Cráton das Guianas, região central de Roraima, se desenvolveu o Grabén do Tacutu, onde afloram crostas lateríticas. Essa área cratônica foi reativada no Plioceno o que propiciou intensa erosão ao tornar a região tectonicamente instável. Com o objetivo de determinar as implicações desse ambiente no intemperismo das rochas do embasamento do Cráton das Guianas, foi selecionada a região de Mucajaí onde ocorrem a Serra da Prata e com menor expressão a Serra da Moça. Essas feições de relevo fazem parte do Pediplano Rio Branco-Rio Negro, e seu entorno rebaixado, do Planalto Dissecado Norte da Amazônia. Foram estudadas as rochas, as crostas e os solos da região com base em levantamento de campo dos litotipos e na caracterização dos aspectos texturais, mineralógicos e geoquímicos. Foram analisados os óxidos maiores e menores (SiO2, Fe2O3, Al2O3, K2O, Na2O, CaO, MgO,TiO2, P2O5, PF) os elementos traços (Mn, Zr, V, Ni, Cu, Zn, Sc, Co, Ga, Cr, Y, Th, Hf, Nb, Ta, Ba, Mo, Sr, Rb, Cs, U, W, As, Au, Ag, Hg, Ge, In, Li, Sb, Se, Te, Tl e ETR) e isótopos de Pb. As crostas lateríticas desenvolveram-se a partir de charnockítos, gabros, granitos e gnaisses. São do tipo protopisolíticas a pisolíticas no topo da Serra da Prata e vermiformes nas porções rebaixadas, ambas recobertas por solos argiloarenosos marrom avermelhados. As crostas lateríticas são friáveis com abundante matriz argilosa, com predominância de goethita sobre hematita, e baixo conteúdo de gibbsita, portanto são pouco evoluídas, destacando-se apenas por seus conteúdos de Fe2O3, PF, Co, Cr, Ga, Zn, Mn e W, enquanto as rochas se diferenciam pela associação SiO2, Na2O, K2O, Ba, Rb, Tl, Y, Mo, ETR (-La e Eu). Apesar das razões isotópicas de Pb indicarem que as crostas lateríticas tiveram proveniência a partir do charnoquito, os dados geoquímicos mostraram maior afinidade entre essas e as rochas mais abundantes (granito, charnoquito e gnaisse), devido suas similaridades químicas. O desenvolvimento destas crostas marca a evolução quaternária da paisagem após a reativação tectônica da região no Mioceno.