Estratégia de propagação sexuada e assexuada de Tanaecium bilabiatum coletado em pastagens do Amazonas

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Oliveira, Rafaela Figueiredo de
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4167468741368322
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Centro de Ciências do Ambiente; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Agronomia Tropical
• Palavras-chave em Português: Plantas venenosas - Amazônia; Plantas - Propagação; CIENCIAS AGRARIAS: AGRONOMIA; Planta tóxica; Propágulos subterrâneos; Semente; Várzea
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10069

Tanaecium bilabiatum (Sprague) L.G.Lohmann conhecida popularmente como “gibata” ou “chibata” é a planta tóxica mais importante para herbívoros nas regiões de várzea da Bacia Amazônica e, a segunda em importância em toda a região. O objetivo deste trabalho foi estudar a caracterização da propagação sexuada e assexuada de T. bilabiatum ocorrentes nas pastagens do Amazonas, por meio de estudos morfológicos e histoquímicos das reservas, para entender a dinâmica da sua população e continuidade da espécie. As observações fenológicas e a coleta do material botânico e propagativo foram realizadas em três pastagens de várzea no Município de Parintins – AM, sendo coletadas amostras de propágulos subterrâneos, retirando o sistema radicular de três plantas distintas e frutos maduros em épocas diferentes, coletados próximos da deiscência. A biometria das sementes foi obtida de uma amostra aleatória, isentas de atrofiamento, impurezas, injúrias e ataque de insetos; para cada uma das variáveis analisadas foram calculadas as médias, desvio padrão e amplitude de variação. As sementes foram semeadas para a avaliação e descrição do processo germinativo e desenvolvimento das plântulas. As características de frutos, sementes e desenvolvimento das plântulas foram observadas e fotografadas em maiores detalhes, com o auxílio de lupa e estereoscópio; os termos e caracteres analisados neste trabalho foram as mais empregadas em estudos de caracterização morfológica. A partir dos sistemas radiculares de plantas adultas foram seccionados, porções de 8,0 cm de comprimento, com diâmetros de 20, 10 e 5 mm; as porções (estacas) foram semeadas em substrato de solo de várzea; em delineamento experimental inteiramente casualizados (DIC), com três tratamentos relativos aos diâmetros, 10 repetições, sendo uma estaca por repetição, somando 36 unidades experimentais. As varáveis observadas foram a porcentagem de emergência e o tempo médio de emergência; também foi aplicado o Teste Qui-Quadrado (χ2) para verificar a associação entre a emergência da parte aérea e a emissão de raiz. Os estudos histoquímicos dos propágulos sexuados e assexuados foram realizados com material fixado em formalina neutra tamponada e conservados em álcool 70%. Os testes histoquímicos foram realizados utilizando-se cortes transversais dos propágulos incluídos em historesina. Tanaecium bilabiatum entra em fase reprodutiva a partir da subida das águas. A dispersão das sementes é autocórica/hidrocória e termina com a descida das águas. Das sementes viáveis podem desenvolver-se sementes poliembriônicas, e as principais substâncias de reservas observadas foram amido e proteínas. As estacas podem formar brotações caulinares e radiculares em todos os diâmetros testados e apresentam como substância de reservas o amido. Os propágulos subterrâneos de T. bilabiatum não apresentam características morfológica e anatômicas de rizomas ou xilopódios, são característicos de raízes, podendo ser consideradas raízes germiníferas. Observou-se que plantas jovens provenientes de sementes e estacas subterrâneas, apresentam características morfológicas distintas.