Relação do contexto familiar no padrão de utilização e no tempo da última consulta odontológica entre escolares da zona leste de Manaus - AM
Ano de defesa: | 2025 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Odontologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10665 |
Resumo: | A utilização dos serviços de saúde é considerada um comportamento complexo, que vem sendo estudado por meio de modelos teóricos. Durante a adolescência, utilizar serviços odontológicos é uma decisão que não cabe somente ao indivíduo, pois depende da atuação dos pais/responsáveis. Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação do contexto familiar com o padrão de utilização de serviços odontológicos e tempo da última consulta odontológica por escolares de 12 anos da rede pública de ensino, de uma zona socialmente vulnerável da cidade de Manaus – Amazonas. Este estudo é do tipo transversal, cujos dados foram coletados por meio de questionários autoaplicáveis e exame clínico bucal realizado por pesquisadores calibrados. O modelo comportamental de Andersen foi utilizado como base, considerando sexo, senso de coerência dos responsáveis e contexto familiar como predisponentes, renda familiar mensal e plano de saúde odontológico como capacitantes, e autopercepção e número de dentes cariados como de necessidade. Os desfechos observados foram o padrão de utilização e tempo da última consulta odontológica. A análise dos dados foi feita por Regressão Logística Multinominal e a interação multiplicativa foi testada nos modelos finais. A amostra final totalizou 259 participantes, dos quais 53,3% eram do sexo feminino e 62,2% de cor parda. O CPO-D médio (DP) foi 1,01 (1,51), com predomínio do componente cariado de 0,74 (1,28). 84,9% dos escolares utilizaram os serviços odontológicos por dor ou para extração dentária e 41,3% foi ao dentista há mais de 1 ano. Na análise multivariada, foi observado que a chance de ter ido ao dentista entre 2 a 3 anos em relação a quem foi ao dentista no último ano foi 84% menor em quem fez mais refeições acompanhado pelos responsáveis (OR= 0,16 IC 95% [0,03 – 0,81]) em comparação com quem fez menos refeições acompanhado dos pais. Além disso, adolescentes com pior autopercepção da saúde bucal tiveram uma chance 2,8 vezes maior de ter ido ao dentista há mais de 3 anos em relação a quem foi ao dentista no último ano (OR= 2,88 IC 95% [1,19 – 6,9]). Observou-se uma interação entre cárie dentária e o maior número de dias que faltou as aulas sem permissão dos pais ou responsáveis. Adolescentes com mais dentes cariados e que faltaram a um maior número de dias de aulas sem a permissão dos pais tiveram uma chance maior de ter ido à última consulta por motivo de tratamento em relação à prevenção (OR=1,49 IC 95% [1,46-1,53]). A cárie dentária foi associada à ida a última consulta por dor/extração dentária (OR= 1,02 IC 95% [1,01 – 1,912). Portanto, características predisponentes relacionadas ao contexto familiar (faltar às aulas sem permissão e fazer refeições junto com os pais/responsáveis) e de necessidade avaliada e percebida (dente cariado e autopercepção em saúde bucal) foram associados a frequência e ao padrão de utilização de serviços odontológicos entre os escolares. |