Características intrínsecas dos horizontes de alteração da formação Alter do Chão, como diagnóstico para a erodibilidade em Manaus / Am.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Andretta, Elton Rodrigo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8671520570628513
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4664
Resumo: Tendo em vista a multiplicação das áreas de risco geológico, em Manaus/AM, nas últimas décadas, devido a ocupação do solo irregular e desordenada, motivou-se a pesquisa da qual resulta esta dissertação de mestrado. Seu objetivo principal foi avaliar características intrínsecas dos horizontes de intemperismo da Formação Alter do Chão, que se acham sob a capital amazonense, analisando seus atributos físicos e mineralógicos, bem como sua descrição tátil visual; além disso, buscou-se avaliar o risco geológico, as características exógenas como a pluviosidade, a antropização e a evolução da paisagem local, para tanto, utilizaram-se imagens de satélite e aéreas, correlacionando esses fatores com o desenvolvimento de feições erosivas encontradas em duas áreas de estudos: a primeira área, localizada no bairro Jorge Teixeira, na comunidade João Paulo e a segunda, localizada no bairro Cidade Nova, entre as comunidades Conjunto Cidadão I e Campo Dourado I, respectivamente, nas zonas leste e norte da cidade. A metodologia aplicada consistiu no levantamento bibliográfico; análises de mapas-base; imagens de satélite e fotografias aéreas; investigação de campo com descrição e hierarquização dos setores de risco geológico; ensaios em campo com coleta de amostras por sondagem a trado; análises físicas por ensaios de granulometria e limites de consistência, e ensaios mineralógicos por difração de raios-x. As imagens aéreas e de satélites, aqui analisadas, foram capturadas entre os anos de 2004 a 2013. Na primeira área, as voçorocas nos finais dos arruamentos já estavam bem evoluídas nas imagens de 2004; até 2007, percebe-se a evolução principalmente lateral das bordas das voçorocas; nas imagens de 2010 e 2011, percebe-se uma boa recuperação da vegetação; já na imagem de 2013, diminuição da atividade de erosão, poucos deslizamentos das bordas são notados. Na segunda área, em 2004, observa-se a implantação do Conjunto Cidadão I, com infraestrutura e planejamento; após 2007, algumas casas são retiradas do sopé da encosta, e, nas imagens seguintes, de 2010, 2011 e 2013, a encosta aparece em franca recuperação da vegetação. No mapeamento em risco, executado em campo na 1ª área, verificam-se setores de risco alto a muito alto, com várias moradias próximas às voçorocas; na 2ª área temos apenas um setor em risco alto de soterramento, no sopé da encosta, próximo a feições erosivas menores. Sondagens a trado de 10 metros foram executadas para análise tátil visual e coleta de amostras. Os dados granulométricos, com cálculos de coeficiente de curvatura, grau de uniformidade e dos ensaios de limites de consistência, da 1ª área, indicam boa resistência à erosão, porém, nesse local distinguem-se grandes feições erosivas. Na 2ª área decorre uma menor influência antrópica, sendo que os dados adquiridos nas análises têm comportamento equivalente ao visto em campo. Até 6,5 metros de profundidade, as análises indicam boa resistência das camadas à erosão; abaixo desta, a erodibilidade do material avoluma-se, dando margem a se observar feições erosivas. Para cada local estudado, os agentes endógenos e exógenos atuam de forma diferente. Os principais responsáveis pela formação das voçorocas, na primeira área, são os agentes exógenos somados à antropização e falta de infraestrutura. Na segunda área os fatores endógenos, com as características dos horizontes, foram decisivos para indicar as camadas mais sucetíveis à erosão.