Estudos sedimentológicos e estratigráficos dos depósitos sedimentares quaternários do Arquipélago de Anavilhanas, município de Novo Airão (Amazônia Central)
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5016 |
Resumo: | O Arquipélago de Anavilhanas, localizado no baixo curso do Rio Negro, se desenvolveu sobre rochas siliciclásticas das formações Nhamundá (Paleozóico), Alter do Chão (Cretáceo) e Novo Remanso (Neógeno), sendo constituído por 2 unidades de terraços fluviais, o superior (TFS) e o inferior (TFI). Os terraços foram individualizados principalmente por meio de datações (LOE e C-14), que revelaram idades de 211.394 +/-29.300 anos AP a 69.988 +/- 8.860 anos AP para o TFS e de 2.558 +/- 87 anos AP a 368 +/- 145 anos AP para o TFI. O TFS está localizado na margem esquerda do Rio Negro, posicionado em cotas entre 25 m a 40, sendo constituído por intercalações de camadas de areia e lama (silte e argila), que definem pares de estratificação heterolítica inclinada relacionadas a migração de barras laterais em um rio retilíneo. A deposição deste terraço está relacionada ao grande aporte de sedimento mais grosseiro liberado por erosão durante o período de rebaixamento do nível do mar. O TFI é representado pelas 400 ilhas do arquipélago, distribuídas regularmente ao longo de toda a extensão do rio neste trecho, exibindo cotas entre 27 m a 41 m. É constituído principalmente de lama (silte e argila) com delgadas intercalações centimétricas de areia (muito fina a fina), cuja deposição esta associada ao desenvolvimento de um sistema de deltas retilíneos durante o afogamento do Rio Negro no Holoceno, devido a subida do nível do mar acerca de 6.000 anos AP. Níveis de paleossolos (com fragmentos de carvão) intercalados no TFI , com idades de 2.250 anos AP, 1.650 anos AP, 870 anos AP e 490 anos AP, representam períodos secos (com queimadas) na Amazônia, indicando paradas recorrentes na sedimentação. Além disso, o elevado grau de estabilidade das ilhas e canal, obtidas pela análise bitemporal de imagens Landsat-5/TM (entre 1991 e 2009), pode ser associado a maior coesão dos sedimentos finos e vegetação desenvolvidas nas ilhas, característicos do estilo fluvial anabranching definido para este trecho do Rio Negro |