A dinâmica das paisagens: nas comunidades São José e São Francisco em Careiro da Várzea – AM

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Rocha, Thayssa Larrana Pinto da
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1510361778064984
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Centro de Ciências do Ambiente; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
• Palavras-chave em Português: Mudancas paisagísticas - Careiro da Várzea (AM); Várzeas - Amazonas; Vida ribeirinha; CIENCIAS BIOLOGICAS; CIENCIAS EXATAS E DA TERRA; Dinâmicas paisagísticas; Adaptação; Atividades produtivas; Eventos climáticos extremos; Landscape dynamics; Adaptation; Productive activities; Extreme weather events
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10064

Careiro da Várzea é um município do Estado do Amazonas, que se desenvolveu predominantemente em ambiente de várzea. Naturalmente, esse ambiente passa por constantes dinâmicas paisagísticas em decorrência dos períodos de cheias e vazantes. Vivendo em um ambiente de contínuas transformações paisagísticas, os moradores adaptaram-se às dinâmicas sazonais da região. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi compreender as dinâmicas das paisagens nas comunidades São José e São Francisco no município de Careiro da Várzea - AM. Essa pesquisa foi caracterizada como um estudo de caso de caráter qualitativo e descritivo. O esquema metodológico da pesquisa envolveu revisão bibliográfica, métodos como bola de neve, turnê guiada, entrevistas não estruturadas, registros fotográficos e observação assistemática. Os resultados obtidos no estudo indicaram que as relações e interações nas paisagens das comunidades São José e São Francisco foram consideradas processos dinâmicos, resultantes da influência das variações climáticas sazonais, da sazonalidade do rio e dos eventos hidrológicos extremos. O mosaico das atividades produtivas nas comunidades foi composto pela atividade pesqueira, agricultura e pecuária, regidas pelo calendário sazonal. Constatou-se que a paisagem influenciou a vida nas comunidades em suas múltiplas escalas, sejam elas econômicas, sociais e culturais. Por fim, identificou-se que a influência do El Niño nas comunidades não se limita apenas à paisagem visualmente perceptível, mas estende-se também aos sistemas produtivos e econômicos. Contudo, os agricultores dessas comunidades encontraram diferentes formas de adaptação, modificando não apenas o horário do escoamento da produção, mas também a forma como executam o trabalho. No entanto, dependendo da intensidade e da duração dos eventos climáticos extremos, as comunidades ribeirinhas provavelmente passarão por um quadro de vulnerabilidade diante desses eventos extremos.