Manáos uma Aldeia que virou Paris: saberes e fazeres indígenas na Belle Époque Baré 1845-1910
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5362 |
Resumo: | A Dissertação evidencia aspectos do cotidiano, dos saberes e fazeres indígenas na cidade de Manaus durante o período da Belle Époque. Trabalhamos nesse cotidiano as vivencias, as resistências, as práticas culturais da cidade em detrimento da presença dos indígenas que por aqui viviam. Partimos da aceitação dos índios como sujeitos atuantes e com propriedade cultural de quem exerce um ethos mesmo que impelido. Muito já se falou sobre a Belle Époque Manauara, e sobre a questão do índio, sempre em separado. Esta Dissertação uniu essas duas temáticas visando evidenciar o aspecto indígena presente no mundo “luxuoso e moderno” trazido pela Belle Époque, e cristalizado pela historiografia celebrativa. Manaus cresceu, enfeitou-se para atender a um grupo especifico da cidade: a sociedade, a elite enriquecida pela extração da goma elástica. Essa pesquisa tem como tema central, índios na Belle Époque Manauara, e visa fazer uma análise investigativa e descritiva do que aconteceu com os mesmos no fim do século XIX, e inicio do XX, analisar o discurso que se construiu acerca da cidade e de seus habitantes. Trabalhamos com alguns teóricos da modernidade, visando estabelecer um paralelo entre a cidade de Manaus e as demais capitais do mundo que se reconfiguraram, se reurbanizaram nos parâmetros do que havia de mais moderno na época. Vemos que entre a cidade mostrada nos postais e fotografias, e a cidade das vivências, havia um limite de beleza em detrimento de que a tentativa de unicidade enfrentava uma resistência pela presença de uma ampla diversidade étnica e cultural. A perspectiva de análise documental foi à Nova História e Nova História Cultural, que seguindo a tradição da Escola dos Annales, faz uma análise crítica tentando visualizar a “posição dos de baixo”, que pouco aparecem nos discursos oficias como protagonistas, por isso fazer nova história é ouvir e dar vozes a novas partes. Com a leitura das fontes, percebemos como o índio fez a seu modo, táticas de defesa, para prosseguir residindo na cidade da qual estava sendo impelido. Grandes prédios vão aparecer na então Manáos, trazendo consigo uma arquitetura e decoração estrangeira, passando pelo barroco, rococó, art nouveau, porém sempre fazendo uma alusão, mesmo que romantizada a cultura nativa. Veremos como deu-se o hibridismo cultural entre índios e brancos nas suas práticas sociais nesta fase da história da cidade. Falar dos índios, ainda hoje desperta sentimentos de repulsa ou fascínio. Isso acontece, pelo fato de existirem pessoas que acreditam e personificam a cultura dos povos indígenas como “não desenvolvidas”, estagnada no tempo. Agora, se na contemporaneidade, no século XXI, pensa-se assim, como seria esse imaginário no final do século XIX, no advento do XX, no período do “fin de siécle”, da Belle Époque, há 150 anos? Essa pesquisa, ao analisar o cotidiano da cidade, procurará mostrar o imaginário das elites, dos transeuntes, dos viajantes acerca dos nativos, seus hábitos e costumes. Iremos investigar e analisar o que aconteceu com índios de Manaus durante esse período. |