Efeito da utilização de rizobactérias promotoras de crescimento vegetal sobre o desenvolvimento do curauá (Ananas erectifolius L. Smith)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pinheiro, Ester Neta
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9283987923929332, https://orcid.org/0009-0005-5779-5355
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10491
Resumo: No Brasil, a produção agrícola tem aumentado a cada ano, e com isso o uso de fertilizantes químicos vem se intensificando e causando impactos ao meio ambiente. Neste sentido, a produção de insumos biológicos através do uso de microrganismos benéficos ao solo vem ganhando espaço e os inoculantes à base de bactérias promotoras de crescimento pode ser a solução para a substituição dos produtos químicos na agricultura. O curauá (Ananas erectifolius) é uma planta nativa da Amazônia que desperta grande interesse comercial como produtora de fibras vegetais; com isso, encontrar métodos que favoreçam o desenvolvimento dessa cultivar torna-se imperativo. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da utilização de reguladores de crescimento vegetal (AIA, BAP e ANA) e de bactérias promotoras de crescimento vegetal no desenvolvimento de mudas micropropagadas dessa espécie Para tanto, as plântulas de curauá foram avaliadas (in vitro) quanto ao desenvolvimento de raízes, brotos, largura da folha, altura e número de folhas, sob a influência dos reguladores BAP, ANA e AIA e, de 29 rizobactérias, por 60 dias. A partir destes testes foram selecionadas 11 rizobactérias com os melhores efeitos sobre as plântulas de curauá e estas foram testadas em casa-de-vegetação juntamente com o regulador padrão (2,0 mg/L-1 BAP + 0,25 mg/L-1 ANA), para verificar a capacidade de promoverem o crescimento das plântulas ex vitro. Por fim, após 60 dias de avaliação em casa-de-vegetação, as plantas foram analisadas quanto ao peso da parte aérea fresca e seca e das raízes. Dentre os reguladores de crescimento testados, BAP e ANA influenciaram expressivamente o crescimento in vitro do curauá. A produção de brotos pelas plântulas foi favorecida pela ação dos três reguladores. No teste com as rizobactérias, com exceção da brotação, os tratamentos apresentaram um aumento nas variáveis altura, número de folhas, raízes e largura da folha, sendo possível selecionar 11 isolados. Para os testes em casa-de-vegetação, a bactéria INPA R1065, se destacou ao proporcionar melhor desenvolvimento das variáveis estudadas nas mudas de curauá, demonstrando-se promissora para o desenvolvimento de mudas de curauá ex vitro, com valores de 11,67 unidades de folhas, 5,97 un de raízes, 13,70 cm de altura e 1,53 cm de largura de folhas, aos 60 dias. Quanto ao peso da parte aérea e raízes, os tratamentos T4 (INPA R1065) e T6 (INPA R579) se destacaram com as maiores médias alcançadas nas diferentes variáveis de desenvolvimento da planta. Esses resultados indicam a eficácia da aplicação de rizobactérias em promover o crescimento radicular, o desenvolvimento foliar e o vigor geral das plantas, evidenciando seu potencial para melhorar a produção de curauá. Essas descobertas destacam a importância de continuar explorando o uso de rizobactérias como uma estratégia sustentável para impulsionar o crescimento e o desenvolvimento das plantas, contribuindo assim para a agricultura eficiente e ambientalmente responsável.