A experiência religiosa na superação do uso de droga
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3934 |
Resumo: | A experiência religiosa é apresentada por vários pesquisadores como fator de superação de processos de sofrimento, de adoecimento, de desuso de droga e outras adversidades. Esta pesquisa teve como objetivo central compreender a relação da experiência religiosa com a superação do uso de droga, segundo usuários egressos de uma instituição de atendimento (atenção) a dependentes químicos na cidade de Manaus. A partir deste, construiu-se dois artigos, sendo o primeiro voltado à compreensão de como as pessoas que fizeram uso de droga passaram a conceber a relação deles com a substância em foco e quais foram as repercussões desse uso em seus sistemas de pertença. O segundo artigo buscou compreender como a experiência religiosa é situada na trajetória de um grupo de pessoas que superaram o uso de drogas após a passagem destas por uma comunidade terapêutica e as repercussões desse desuso em seus sistemas de pertença. Os participantes da pesquisa foram internos de uma comunidade terapêutica (Fazenda da Esperança, Manaus-AM) que se encontravam em desuso há pelo menos um ano, na ocasião da pesquisa. Utilizou-se como método a abordagem exploratória qualitativa, adotando categorias da teoria sistêmica para a análise dos dados, estes coletados por meio da entrevista semiestruturada. Os resultados encontrados apontam para o fato deque o uso e o desuso das drogas, bem como o sofrimento a elas relacionado estão vinculados ao usuário, seus sistemas e subsistemas de pertença, em especial àfamília, trabalho, relação com os pares e vivência religiosa;numa relação de codependência e corresponsabilidade que retroalimenta positiva ou negativamente a relação de uso, ao longo do tempo. A experiência religiosa é apontada como processo psicossocial organizador de uma identidade a qual integra sentidos de transcendência, e passa a sustentar novos modos de vinculação entre os sujeitos e suas redes sociais, em especial a família, a comunidade e as instituições religiosas de pertença. A recursividade e a imprevisibilidade presentes nas trajetórias de uso e desuso foram identificadas também como fatores que impulsionaram o sistema à busca de homeostasee, portanto, de superação. |