Prazer-sofrimento e estratégias defensivas no trabalho de líderes de uma empresa do pólo industrial de Manaus
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia BR UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2860 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo compreender as vivências de prazer-sofrimento dos sujeitos que ocupam cargo de liderança em uma empresa do Pólo Industrial de Manaus, desvelando os mobilizadores de prazer, os agravantes do sofrimento e as estratégias defensivas identificadas neste contexto, visando propor intervenções que contribuam para a saúde deste líder-trabalhador. No plano metodológico a pesquisa se caracteriza como um estudo qualitativo, em consonância com a abordagem teórico-metodológica da Psicodinâmica do Trabalho, que privilegia a fala e a escuta dos participantes. Foram realizadas seis entrevistas coletivas, com um grupo de seis líderes de uma empresa do Pólo Industrial de Manaus, que foram convidados a participar voluntariamente e a falar livremente sobre os temas mobilizadores de cada encontro: prazer, sofrimento, estratégias defensivas, cooperação, reconhecimento, adoecimento, em convergência com as categorias teóricas da psicodinâmica. A partir da gravação e transcrição das entrevistas foi realizada a análise dos dados, à luz da Análise de Comparação Constante Grounded Theory, por considerá-la pertinente aos fundamentos, ao objeto e aos objetivos dessa pesquisa. Os resultados apresentaram que o prazer está relacionado a ajuda que o líder presta as pessoas, através da escuta de seus problemas, sendo considerado, por parte de seus subordinados, uma pessoa de referência, o que fortalece o ego do líder pelo reconhecimento, contribuindo para a construção de sua identidade como sujeito e dando sentido ao seu fazer. O sofrimento aparece pela falta de autonomia quando confrontado por seus subordinados pelos baixos salários praticados pela empresa, pela alta exigência de qualidade que a alta direção lhe impõe, pela falta de reconhecimento de seus superiores e pela não cooperação entre seus pares. No tocante as estratégias de enfrentamento, utilizadas de maneira consciente para reduzir o sofrimento, utilizam a divisão das atividades pelas quais são responsáveis, em pequenos problemas e se concentram em ações que não exijam tanto esforço de energia, evitando assim o confronto com os problemas que demandariam maior esforço. As estratégias defensivas identificadas foram a clivagem, a racionalização e a ambivalência, decorrente do sentimento de impotência frente às exigências e limitações que lhe são impostas pela organização do trabalho. Quanto à patologias do trabalho, identificaram-se sinais e sintomas das patologias ligadas a sobrecarga (estresse, pressão alta, dores de cabeça e nas costas-coluna) e sintomas depressivos |