Governança ambiental na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Igapó Açu (Amazonas, Brasil)
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5234 |
Resumo: | A miríade de atores sociais envolvidos no processo de criação e execução de uma Unidade de Conservação tem acentuado a importância do debate acerca da governança ambiental nessas unidades territoriais. Nesse sentido, o objetivo principal desta pesquisa foi analisar a governança ambiental na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Igapó Açu, localizada nos municípios Manicoré, Borba e Beruri. A escolha da área de estudo deve-se ao fato de a RDS Igapó Açu ser a única UC do Amazonas atravessada por uma rodovia federal, o que lhe confere um ordenamento territorial específico e reconfigura os elementos constituintes da governança nesse território. Para alcançar o objetivo principal da pesquisa, supracitado anteriormente, foram traçados três objetivos específicos: demonstrar a rede de relações entre os atores sociais envolvidos na governança da UC, compreender as formas de organizações sociais existentes e seus desdobramentos na governança; e descrever as fragilidades e potencialidades da gestão territorial decorrente da governança da RDS Igapó Açu. Para atingir esses objetivos utilizaram-se diferentes instrumentos metodológicos como formulários, entrevistas abertas, oficinas participantes, a Matriz F.O.F.A., e o Programa Websphere Analysis. Os resultados da pesquisa indicam que a tessitura da governança ambiental da RDS Igapó Açu envolve múltiplos fatores, entretanto, a centralidade da rede de articulação política é ocupada pelo Conselho Gestor, que conduz à materialização da governabilidade da UC e de seus desdobramentos. As formas de organização social emergem configurando a rede de articulação política e influem no ordenamento do território a partir das relações de poder que lhe são intrínsecas. A gestão do território, modus operandi da governança, materializa-se de forma participativa, na medida em que os processos de criação da UC e de tomada de decisão envolveram e envolvem todos os atores sociais do território. Nesse sentido, estabelece-se uma governança democrática, onde o Conselho Gestor confere as condições necessárias para o desenvolvimento da governabilidade, e a chefe da UC as condições essenciais para a execução da gestão. Portanto, os resultados dessa pesquisa indicam, de maneira geral, que a governança ambiental da RDS Igapó Açu estabelece-se por meio da interação dos sistemas simbólicos e dos sistemas sociopolíticos, formadores das formas de organização social. A territorialidade nessa UC, oriunda do processo interativo acima elencado, alinha-se a um modo de vida específico, pautado em práticas sociais que garantem e perpetuam a sustentabilidade ambiental. Por conseguinte, pode-se concluir que a governança ambiental democrática da RDS Igapó Açu tem obtido êxito, na medida em que tem assegurado as metas e os objetivos previstos no Plano de Gestão. Entraves existem, devido à multiplicidade de interesses e de atores sociais envolvidos na rede de articulação política, porém os resultados mostram que os avanços têm sido significativos. |