Uso da enxertia para o controle da murcha bacteriana [Ralstonia solanacearum Smith (1896) (Yabuuchi) et al. 1996] no tomateiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fernandes, Brunno dos Santos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5558754830692610
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Agronomia Tropical
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6052
Resumo: A murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum) é uma das principais doenças do tomateiro (Solanum lycopersicum). O controle é difícil, pois não existem cultivares resistentes nem produtos químicos recomendados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de cubiu (Solanum sessiliflorum), jurubeba (Solanum viarum) e da cultivar de tomateiro Yoshimatsu (tolerante) como porta-enxertos para o controle da murcha bacteriana. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições, constituído dos tratamentos „Santa Cruz Kada Gigante‟/cubiu, „Santa Cruz Kada Gigante‟/jurubeba, „Santa Cruz Kada Gigante‟/‟Yoshimatsu‟, „Santa Cruz Kada Gigante‟ auto-enxerto e „Santa Cruz Kada Gigante‟ pé-franco. As plantas foram inoculadas com 10 mL da suspensão bacteriana na concentração de 108 ufc.mL-1 da raça 1 (biovar 1) de R. solanacerum, depositada no substrato ao redor do colo da planta, cujas raízes foram levemente feridas com um bisturi. A testemunha constou de plantas de todas as combinações tratadas com água destilada esterilizada. O experimento conduzido em campo foi montado em solo naturalmente infestado com R. solanacearum, com delineamento em blocos casualizados com cinco repetições, constituído dos mesmos tratamentos utilizados em casa de vegetação. Para ambos os experimentos, a avaliação foi feita diariamente em função da incidência da doença e do desenvolvimento dos sintomas. Foi avaliado também o diâmetro do caule (mm) na altura do colo, diâmetro do caule 2 cm acima do ponto de enxertia e a altura das plantas do colo ao ponteiro (cm), a cada sete dias utilizando paquímetro digital e trena, respectivamente. Foi quantificado o número de flores por planta, número de flores por inflorescência, número de frutos por planta, número de frutos por inflorescência, início da floração, início da frutificação e capação das plantas acima da oitava inflorescência, em semanas após a enxertia. Os dados foram analisados estatisticamente pelo programa Assistat versão 7.7, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Plantas de tomate enxertadas em cubiu não desenvolveram sintomas de murcha bacteriana, podendo ser indicada para produção de mudas e plantio em áreas contaminadas com R. solanacearum. A cultivar yoshimatso apresentou o maior crescimento e produtividade das plantas, proporcionando resistência parcial em plantas enxertadas com este porta-enxerto, podendo ser usada dentro de um programa de manejo da doença em cultivo de tomateiro.