Produção e caracterização de impermeabilizante a base da resina de breu branco da Amazônia: prospecção da resina de breu branco da Amazônia como impermeabilizante de fibras naturais em compósitos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Tecnologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7890 |
Resumo: | Atualmente o maior desafio da construção civil é aliar o desempenho de um determinado material com a redução do impacto ambiental de sua produção sem que este processo seja demasiadamente oneroso. Outro destaque se dá para o problema de degradação prematura em compósitos reforçados com fibras naturais, que influência o desempenho da matriz cimentícia, pois o concreto apresenta uma maior permeabilidade, durante a hidratação permite outros elementos agressivos entrar, levando a carbonatação e ataque de íons cloreto resultando em problemas de corrosão promovendo a alcalinidade da matriz cimentícia. Em compósitos reforçados com fibras naturais, a água presente nos poros é altamente alcalina, ocasionando dissolução da hemicelulose e lignina e hidrólise alcalina das moléculas de celulose, reduzindo o grau de polimerização e resistência das fibras. Além disso, os produtos de hidratação, principalmente o hidróxido de cálcio, migram para paredes, lumens e vazios das fibras, ocasionando mineralização das fibras. Diante da busca por novas fontes de energias renováveis visando à prática de ações para um desenvolvimento sustentável. A resina de breu branco se destaca, como impermeabilizante, em função da sua hidrofobicidade, observada na calafetação de barcos, podendo contribuir na impermeabilização de fibras, para realização de concretos leves, exaurindo o ataque a carbonatação em matrizes cimentícias, bem como matriz polimérica na produção de compósitos reforçados com fibras vegetais, corraborando para um desenvolvimento altamente renovável, e verde quando comparada a resinas a base de poliuretanos obtidos por isocianatos. No presente estudo realizou-se a extração e caracterização da resina de breu branco da Amazônia e avaliou-se o potencial da resina na impermeabilização de caroços resíduos de açaí do Amazonas e tecido de juta e malva, na confecção de compósitos naturais. A caracterização da resina de breu foi realizada pelas técnicas de espectrometria de massas CG/EM, análise de infravermelho acoplada a transformada de fourrier FT/IR, e análise de difração de raio-x DRX, que validaram nas frações de extratos em etanol e acetato a composição dos constituintes do gênero principal de breu Protium Hepthaphyllum, os compostos pentaciclícos de alfa e beta amirina e amironas. A estabilidade térmica dos extratos foi investigada através da análise termogravimétrica TGA, os compostos são constituídos de grupos OH, que resulta em uma forte ligação intermolecular, em média a estabilidade térmica norteia 250 °C. Em meio aquoso os extratos resultaram na dispersão sólida hidrofóbica, em função desta qualidade em testes de absorção de água avaliou-se as resinas de breu extraídas em etanol e acetato, que não apresentaram dispersão quando comparadas a resina industrial. Quanto a prospecção ao potencial impermeabilizante das resinas de breu avaliou-se ao despejala como revestimento de superfície em resíduos caroços de açaí a fim de qualificar o potencial de impermeabilização em meio ao severos ataques alcalinos promovidos durante a hidratação da massa cimentícia, o melhor método de impermeabilização se deu para resina de breu aquecido, os corpos de provas que tiveram os caroços agregados, impermeabilizados com a resina tiveram resistência de 6,49 MPa, resistindo e inibindo severas condições de alcalinidade e carbonatação da matriz cimentícia. Para a produção de compósitos laminados, o uso da resina de breu extraída ou aquecida não promoveu a proteção das fibras em meio a matriz cimentícia, bem como não promoveu a qualidade de resistência. Quanto ao ensaio de flexão o melhor índice de resistência se deu ao revestimento dos tecidos de juta e malva, impermeabilizado com a resina industrial que promoveu resistência em média de 7,87 (MPa). Palavras chaves: Breu branco da Amazônia; Caracterização; Compósitos leves. Compósitos laminados. |