Análise da vulnerabilidade do Haiti frente a Epidemia do Cólera: o caso do Departamento de Artibonite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Taloute, Marie Renée
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9073644838582506
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8774
Resumo: Este trabalho teve por objetivo analisar a situação de vulnerabilidade socioambiental do Haiti diante da epidemia de cólera. Essa grave enfermidade introduziu-se no país por meio das forças armadas nepalesas, enviadas ao território haitiano pela ONU, durante a Missão para a Estabilidade do Haiti. As primeiras notificações da doença foram registradas após a tragédia do terremoto, que devastou o país em janeiro de 2010, ao causar 220 mil óbitos e deixar 1,5 milhão de pessoas desabrigadas. Neste contexto, torna-se necessário avaliar o papel desempenhado pela ONU, no decorrer de uma crise sanitária, que provocou a mais grave epidemia de cólera. Concomitante, analisou-se a situação de fracasso dos sistemas socioeconômico e ambiental do país, responsáveis por transformá-lo em um dos mais vulneráveis do mundo. O elevado nível de degradação ambiental no Haiti, resultou em uma condição de alta vulnerabilidade socioambiental e baixa capacidade política de mitigar a redução do risco. A metodologia utilizada neste trabalho é do tipo qualitativa e a técnica de coleta dos dados é a pesquisa documental/bibliográfica, e a realização de grupo focal, auxiliar na recolha de dados. Resultados indicam que o terremoto atingiu o centro econômico, político e populacional do país, a cidade de Port-au-Prince, onde se concentravam 66% do PIB e 39% da população. As desastrosas consequências incluem: a destruição de boa parte da economia, reiteram a condição de país historicamente vulnerável aos desastres e os impactos da epidemia sobre à saúde da população haitiana. Como efeito, essa enfermidade matou mais de 10 mil haitianos e contaminou mais de 800 mil.