Opressão feminina e saúde mental na sociabilidade capitalista: o suicídio como questão social em Manaus
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9947 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como título “Opressão feminina e saúde mental na sociabilidade capitalista: o suicídio como questão social em Manaus”, cujo tema central é o suicídio de mulheres. O problema que gesta o estudo é sintetizado em: quais as determinações materiais desencadeiam o suicídio como problema de saúde mental em mulheres na cidade de Manaus? Para delinear especificamente a pesquisa, tem-se como objetivo geral: analisar as expressões da Questão Social que fomentam o suicídio como problema de saúde mental em mulheres, decorrentes da opressão feminina existente na sociabilidade capitalista manauara; e como objetivos específicos: compreender os fundamentos da opressão feminina que desencadeiam o suicídio em mulheres na sociabilidade capitalista manauara; caracterizar a política de saúde mental em Manaus e seus recortes para o atendimento de mulheres em risco de suicídio; e identificar como a opressão contra as mulheres resulta em problemáticas de saúde mental que podem gerar tentativas de suicídio em face aos desafios do reconhecimento das identidades femininas na contemporaneidade. Com o intuito de desvelar as expressões da Questão Social que impulsionam o suicídio como problema de saúde mental em mulheres no contexto da sociabilidade capitalista manauara, utilizou-se o recorte temporal dos anos de 2017 a 2021, na cidade de Manaus. Direcionada pelo “fio de Ariadne”, faz uso do método materialismo histórico e dialético, por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, de modo que a primeira se deu no intuito de verificar os estudos voltados para o objeto em questão, explorando o próprio Serviço Social e áreas afins: psicologia, saúde coletiva, sociologia e direito. A pesquisa documental foi realizada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAM, para fins de coleta de dados, de domínio público e nos sites da Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria de Saúde de Manaus (SEMSA), Fundação de Vigilância Sanitária (FVS), também nos sites do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) / Organização Mundial da Saúde (OMS), nas bibliotecas do Senado e Câmara Federal, a fim de se ter acesso a relatórios, boletins epidemiológicos, decretos, portarias e leis que versam sobre Saúde mental e Suicídio, seja para a coleta de dados, ou para o acesso público aos documentos supracitados. Quanto aos fins, esta pesquisa se justifica como exploratória e explicativa, na modalidade quanti-qualitativa para coleta de dados. Foi feita a análise do material coletado, a exploração desse material e o tratamento desses dados, inferindo e interpretando as informações coletadas, iluminadas pelo materialismo histórico e dialético. Dessa forma, infere-se que esta sociabilidade capitalista tem oprimido a mulher, por conta do modo de operar dessa sociabilidade, dado à construção de uma ordem social, histórica e cultural que encontra suas bases no sistema patriarcal, pautadas num modelo hetero-patriarcal-racista-capitalista, o que possibilita a violência autoprovocada, de forma particular nas mulheres e corpos femininos, por isso é necessária a construção de políticas de enfrentamento ao suicídio. Para além, somente com a supressão desta sociabilidade é possível construirmos uma outra, por meio da qual o ser humano possa ser visto como tal. |