Palhaça Preta na Amazônia: decolonialidade, corpo e riso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Daniely Jesus de Souza
Outros Autores: https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=016C4BC3C3FB33CB007A4C7985C63805#
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9460
Resumo: Este trabalho aborda a palhaçaria e a comicidade a partir de questões de gênero e identidade dentro do contexto cultural amazonense. Desse modo, esta pesquisa sugere um diálogo acerca da construção da palhaça Lola, no contexto da cidade de Manaus - AM, tendo como ponto de partida a investigação da palhaça nos recortes raciais e de gênero para pensar de que forma essas questões influenciam no fazer artístico e na comicidade da palhaça Lola. Para tanto, assumindo uma perspectiva decolonial aborda o fazer artístico, de forma a buscar referências cômicas na estética preta. Aqui, entende-se por estética preta no campo das artes cênicas uma concepção da artista, propondo ultrapassar estereótipos sociais. Em contraponto, analisa-se o riso numa perspectiva simbólica, propondo como fenômeno inerente à condição humana, portanto, atravessado por seu contexto histórico e cultural. Busca-se então, verificar possibilidades do riso em uma dimensão anti racista. Como método utilizamos a abordagem qualitativa e o recurso da autobiografia, objetivando relatar minhas vivências como mulher preta na palhaçaria e no espaço acadêmico. Nesse percurso senti a ausência de materiais documentais de outras palhaças pretas, inseridas no espaço acadêmico sobre palhaçaria. Mulheres pretas, ao registrarem suas histórias, propõem um movimento de subversão ao nosso silenciamento histórico e marginalização de nossos corpos. A autobiografia também busca dar suporte e sentido ao dispor de possibilidades de pensar o espaço social e viabilizar interpretações acerca do ser palhaça, dentro de suas especificidades, pensando na necessidade de registrar a palhaçaria preta na cidade de Manaus - AM na perspectiva de primeira pessoa, partindo de percepções sensíveis da palhaça. O principal resultado desta pesquisa sinalizou a dimensão do riso em perspectivas múltiplas, a linguagem da palhaçaria feminista, performance arte, como possibilitadora de liberdade criativa e política da palhaça Lola e a questão da figura cômica e a subversão da sátira à figuras de poder.