Alcaloides de Abuta panurensis (Menispermaceae): potencial de inibição da acetilcolinesterase, atividade citotóxica e imunomoduladora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mesquita, Rochelly da Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6249975113064081, https://orcid.org/0000-0003-2770-7965
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Química
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7839
Resumo: Espécies do gênero Abuta (Menispermaceae) são conhecidas por suas propriedades etnobotânicas, apresentando uma ampla gama de propriedades farmacológicas. Neste trabalho foi realizado o estudo fitoquímico e investigação da atividade biológica da espécie Abuta panurensis (Menispermaceae). O perfil químico das folhas, galhos e sementes da espécie A. panurensis foi elaborado por meio de técnicas espectrométricas. A fração alcaloídica das folhas e galhos foi analisada por meio de CLAE-DAD-MS/MS. As estruturas dos alcaloides foram elucidadas por uma combinação de técnicas espectrométricas e espectroscópicas de RMN 1D e 2D juntamente com o estudo in silico. A inibição da enzima acetilcolinesterase, atividade citotóxica e imunomoduladora dos alcaloides isolados foram avaliadas por meio de ensaios in vitro. Treze alcaloides (isoquinolínicos e amidas) foram propostos conforme a literatura, dos quais cinco alcaloides (isômero da lindoldamina, estefarina, palmatina, 5-N-metilmaitenina e N-trans-feruloitiramina) foram isolados dos galhos e reportados pela primeira vez para a espécie. A presença da poliamina 5-N-metilmaitenina foi reportada pela primeira vez na família Menispermaceae. Quanto a inibição da enzima acetilcolinesterase, quatro alcaloides mostraram potencial de inibição com CI50 de 19,55 µM a 61,24 µM. O estudo in silico das interações dos alcaloides estefarina e 5-N-metilmaitenina com a enzima acetilcolinesterase e interleucinas IL-6 e IL-8, mostrou que as substâncias foram capazes de se ligar efetivamente ao sítio ativo da enzima AChE e demonstraram afinidade com as proteínas de IL-6 e IL-8. Estefarina e 5-N-metilmaitenina mostraram atividade citotóxica contra duas linhagens de células tumorais (K562 e U937) com CI50 de 11,77 µM a 28,48 µM e não foram citotóxicos para células normais. Quanto à atividade imunomoduladora, ambos alcaloides inibiram a produção de IL-6 em níveis semelhantes. A estefarina inibiu consideravelmente a produção de IL-8 em comparação com a 5-N-metilmaitenina, que mostrou uma ação dependente da dose.