Óleo e biodiesel de uricuri (Scheelea phalerata Mart. Ex Spreng)
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5190 |
Resumo: | A Scheelea phalerata Mart. Ex Spreng é conhecida popularmente como uricuri, pertence à família Arecaceae, uma palmeira, cujas amêndoas de seus frutos apresentam grande potencial de óleo, podendo ser utilizado como matéria-prima na produção de biodiesel. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o óleo extraído da sua amêndoa, a fim de agregar valor a esse produto. Dois lotes de óleo foram obtidos da Comunidade do Roque localizada na Reserva Extrativista do Juruá (AM). A caracterização físico-química do óleo foi realizada utilizando métodos oficiais, índices de acidez, índice de iodo, índice de peróxido, índice de saponificação, determinação da massa específica e do material insaponificável. O lote 1 apresentou baixo índice de acidez enquanto o lote 2 apresentou índice de acidez elevado. O teor de material insaponificável foi baixo para os dois lotes. A composição da cadeia graxa obtida por CG-FID por dois métodos, apresentou a predominância de ésteres metílicos de ácidos graxos saturados e de cadeias curtas. A análise da qualidade do biodiesel foi realizada por CLAE em modo normal e reverso com um detector de UV (215 nm). O método em modo normal desenvolvido não poderá ser empregado na análise de conversão de biodiesel porque os diferentes componentes de uma mistura de biodiesel apresentam resposta diferente ao detector e vários dos FAMEs coeluem. Na análise em modo reverso foi possível identificar os FAMEs, com boa resolução e rapidez de análise. A quantificação dos ésteres de ácidos graxos foi realizada por padronização externa e através do teor de éster foi possível obter a pureza do biodiesel. O lote 1, com acidez baixa foi submetido a reação de transesterificação por catálise básica avaliando o emprego de três diferentes catalisadores pela via metílica na proporção molar de 1:6 (óleo:álcool). O melhor resultado observado em termos de rendimento mássico, densidade e conversão em ésteres foi utilizando 1% de NaOH como catalisador a 50 ºC por 2 horas. A transesterificação por catálise ácida foi realizada para o lote 2, devido seu elevado índice acidez. Três variáveis foram avaliadas: o tipo de álcool, que foi usado, metanol e etanol, na proporção molar de 1:9 (óleo:álcool), a temperatura e o tempo. A melhor condição em termos de rendimento mássico, densidade e conversão em ésteres foi pela via etílica a 75 ºC, utilizando 1 M de HCl como catalisador. A extração do material insaponificável realizada em maior escala gerou um extrato hexânico onde este foi submetido a um fracionamento em coluna de sílica flash. As três frações, Fr4, Fr7 e Fr14 foram caracterizadas por CG-EM e RMN (1H e 13C, COSY, HSQC, HMBC). A fração Fr4 foi identificada como uma mistura de hidrocarbonetos, a Fr7 como uma mistura de ésteres de ácidos graxos e a Fr14 como uma mistura de isômeros metil-cis-9,10-epoxiesteárico e metil-trans-9,10-epoxiesteárico. |