Diferenciação química e determinação das atividades antioxidantes de duas espécies botânicas semelhantes: Eugenia adenocalyx e Eugenia lisboae (Myrtaceae)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5955 |
Resumo: | O gênero Eugenia pertencente à família Myrtaceae e compreende aproximadamente 1.038 espécies com ampla distribuição no bioma Amazônia. Na Reserva Florestal Adolpho Ducke (RFAD), uma amostra representativa do ecossistema Amazônia de Terra Firme localizada no estado do Amazonas, é possível encontrar espécies desse gênero, como as Eugenia adenocalyx e Eugenia lisboae. Devido à complexidade do ponto de vista botânico e semelhanças entre tais espécies, este trabalho visou caracterizar a composição química e avaliar as atividades antioxidante de Eugenia adenocalyx e Eugenia lisboae, afim de discriminar a composição química e corroborar na identificação morfológica dessas espécies. Os extratos obtidos dessas duas espécies de Eugenia foram analisados empregando-se métodos espectrométricos auxiliados por ferramentas quimiométricas. Essa metodologia mostrou-se eficiente na diferenciação da composição química entre as duas espécies semelhantes, pois direcionou o isolamento das substâncias responsáveis pela diferenciação química entre as espécies. A utilização de técnicas cromatográficas e espectrométricas hifenadas ou não, resultou na identificação do ácido rotundióico (1), dihidro-kempferol (2) e do dihridro-kampferol-3-O-[-xilopiranosil-(12)]--raminopiranosídeo (3) a partir do extrato etanólico de folhas de Eugenia lisboae, e de cinco alquilresorcinois glicosilados, 3-O-metil-5-(1’-hidroxipentil)-resorcinol-4-O--glucopiranosídeo (4), 3-O-metil-5-(1’-hidroxipentil)-resorcinol-4-O-’’-galoil)-glucopiranosídeo (5), 3-O-metil-5-(1’-hidroxipentil)-resorcinol-4-O--’’, 6’’-digaloil)-glucopiranosídeo (6), 4-hidroxi-3-O-metil-5-pentilresorcinol-1-O-[-xilopiranosil-(16)]--glucopiranosídeo (7), 4-hidroxi-3-O-metil-5-pentilresorcinol-1-O-[-xilopiranosil-(16)]--(4’’-galoil)-glucopiranosídeo (8), a partir do extrato etanólico de folhas de Eugenia adenocalyx. Dentre as oitos substâncias descritas nesse estudo, 3, 4, 5 e 8 ainda não foram descritas na literatura. A identificação dessas substâncias possibilitou constatar qual a composição química está relacionada a cada espécie. A análise estatística dos resultados da capacidade sequestrante frente ao radical livre DPPH• e o cátion radical ABTS+• evidenciou que os extratos etanólicos de Eugenia adenocalyx (EF4-3, CI50= 90,4 g.mL-1; EC4-3, mEqT= 1914,7 g.mL-1) apresentam a melhor atividade antioxidante. Esses potenciais antioxidantes se devem a presença dos alquilresorcinois em sua composição, cujas respostas antioxidantes para os alquilresorcinois 5 são CI50 = 59,37 g.mL-1 e mEqT = 1879,0 g.mL-1, e 8 são CI50= 59,33 g.mL-1 e mEqT= 1802,3 g.mL-1. Portanto, este trabalho contribui com o conhecimento químico acerca do gênero Eugenia, bem como corroborou com os estudos taxonômicos dessas duas espécies semelhantes amazônicas. |