Litogeoquímica e química mineral das rochas félsicas e máficas aflorantes entre os Km 151-155 da BR 174, Município de Presidente Figueiredo (AM)
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4657 |
Resumo: | As rochas felsicas e máficas estudadas estão localizadas nas pedreiras Figueiredo, Javel, Manaus e das Mercês, bem como nas adjacências entre os Km 151-155 da BR-174. Estas litologias estão inseridas no domínio Uaimiri, Província Tapajós-Parima, unidade geotectônica do Cráton Amazônico. Através de estudos petrográficos estas rochas foram classificadas como monzogranitos, os termos félsicos e como dioritos a quartzo dioritos os termos máficos. Os monzogranitos são constituídos principalmente por cristais de quartzo, feldspato alcalino, plagioclásio e biotita. Algumas amostras também apresentam granada. Esta assembleia mineral apresenta alguns aspectos microtexturais, como lamelas de deformação, migração de limites de grãos e tabuleiro de xadrez, indicando a presença de deformação em estado sólido. Os dioritos e quartzo dioritos são compostos principalmente por anfibólios, biotitas e plagioclásios, os quais por vezes apresentam-se orientados segundo uma direção preferencial definindo uma estrutura de fluxo magmático. Em escala macroscópica são observadas na frente de lavra da pedreira Javel feições de mingling indicando contemporaneidade entre os diques de dioritos e quartzo dioritos, com as encaixantes, podendo assim, serem caracterizados como sin-plutônicos. A ocorrência de um evento hidrotermal é verificada em ambas as litologias, macroscopicamente evidenciado por fraturas preenchidas por epidotos e sulfetos, bem como microscopicamente, visto pela desestabilização de cristais de plagioclásio, feldspato alcalino e biotita. Com base no grau de alteração hidrotermal mais significativa nos dioritos e quartzo dioritos eles foram subdivididos em mais alterados e menos alterados. Dados de química mineral apresentam uma composição dominante albítica para os plagioclásios dos monzogranitos e uma variação composicional de labradorita a oligoclásio para os dioritos e quartzo dioritos, menos alterados, e de labradorita a albita para os termos mais alterados. Quimicamente os monzogranitos apresentam composição peraluminosa, afinidades alcalinas de magmatismo granítico tipo A extremamente evoluídos gerados em ambientes oxidados. Apresentam ΣETR entre 126,1 ppm a 293,8 ppm e mostra um fracionamento em ETRL, representado pela razão LaN/SmN entre 7,01 a 14,53. Com base em suas características químicas podem ser correlacionados aos granitos pertencentes à Suíte Intrusiva Mapuera, principalmente ao Granito São Gabriel, aflorante nas adjacências da área de estudo. Os dioritos e quartzo dioritos são metaluminosos, com afinidade geoquímica cálcio-alcalina de alto K e evoluem até termos intermediários por processo de cristalização fracionada. Apresentam ΣETR entre 62,1 ppm a 117 ppm nos termos mais alterados e ΣETR entre 66,8 ppm a 123,3 ppm nos termos menos alterados. Suas características químicas não apresentam correlação com nenhuma ocorrência máfica presente na literatura, para a região, podendo tratar-se de uma unidade ainda não mapeada. A ocorrência de um evento deformacional posterior é registrado pelo retrabalhamento por zonas de cisalhamento, com direção NE-SW, nos monzogranitos e nos dioritos e quartzo dioritos, bem como pelos aspectos microtexturais destas rochas. Tal evento também é responsável pela percolação de fluidos e alteração hidrotermal, que é bem mais evidente nosdioritos e quartzo dioritos. Com base em microtextura, como lamelas de deformação em cristais de quartzo e feldspatos, recristalização por migração de limites de grãos, formação de subgrãos e formação de tabuleiro de xadrez, indica que a temperatura desse evento atingiu até 600°C. |