Hidrodestilação assistida por enzimas, atividade antioxidante (DPPH) e antitumoral do óleo essencial de Matourea azurea
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10539 |
Resumo: | A sociedade tem passado por mudanças demográficas e epidemiológicas nas últimas décadas e a necessidade de novos produtos frente às doenças relacionadas à senescência e às mudanças climáticas é imperativa. Nesse contexto, fitoquímicos oriundos do metabolismo secundário vegetal desempenham um papel central na busca por novos princípios ativos. A espécie Matorea azurea possui óleo essencial rico em mono e sesquiterpenos e é amplamente utilizada na medicina tradicional. Possui propriedades antifúngicas e contra Leishmania amazonensis, além de apresentar moléculas com potencial para o mercado de aromatizantes. Diante desse contexto, este trabalho teve como objetivo caracterizar o perfil químico do óleo essencial obtido por hidrodestilação tradicional e hidrodestilação assistida por enzimas através de técnicas de espectrometria, assim como investigar o seu efeito antioxidante e antitumoral. Para esse fim foi feito um delineamento experimental para comparar o efeito da hidrodestilação assistida por enzimas (celulase) nas concentrações de 1%, 1,5% e 2 % em função do rendimento do óleo essencial e da composição química. Além disso, também foi investigado o efeito antioxidante (DPPH) e antitumoral em linhagens celulares de adenocarcinoma A545 e gliomas GL e C6 com o óleo essencial das folhas de M. azurea oriundo de hidrodestilação convencional. Após a identificação dos compostos majoritários foi feito um estudo de DFT (Density Functional Theory) para registro e auxílio na interpretação do espectro infravermelho e das implicações na reatividade química desses compostos a partir de dados gerados com os valores energéticos dos orbitais de fronteira. Os resultados foram submetidos à ANOVA a 95% de confiança. A cromatografia gasosa e o FTIR comprovaram que seu óleo essencial é rico em mono e sesquiterpenos, dentre álcoois, aldeídos, cetonas e éteres. Os compostos majoritários estão o mirtenal, o β-copaen-4-α-ol, o viridiflorol, a pinocarvona e o trans-pinocarveol. Através do GAP HOMO-LUMO se constatou que os terpenos em questão são estáveis e pouco reativos. A hidrodestilação com digestão enzimática resultou no incremento de 32% na concentração ótima de celulase (1%) e houve mudanças qualitativas e quantitativas após esse processo. A inibição do radical DPPH é fraca com IC50 calculado de 225,41 µL/mL. O óleo essencial de M. azurea não apresentou atividade antitumoral, porém tem proteção citológica forte contra o peróxido de hidrogênio e não apresenta citotoxicidade em linhagens de células saudáveis, motivando futuras pesquisas levando em consideração o seu comportamento relativamente inerte e pela espécie vegetal possuir atributos interessantes como a alta adaptabilidade e fácil propagação. |