Rendimento e características físico-químicas da carne do camarão Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) e do caranguejo Dilocarcinus pagei (Stimpson, 1861)
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia - Itacoatiara Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia para Recursos Amazônicos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4727 |
Resumo: | Muitas espécies de crustáceos são usadas para alimentação humana em todo o mundo. As investigações sobre a ecologia, comportamento e cultivo que possam influenciar nas características da carne são importantes para otimizar a exploração deste recurso pesqueiro. O objetivo do estudo foi determinar o rendimento e potencial nutritivo da carne do camarão Macrobrachium amazonicum e do caranguejo Dilocarcinus pagei. Camarões e caranguejos foram capturados nos Municípios de Parintins e Itacoatiara, no estado do Amazonas, respectivamente. As características da carne de camarão foram analisadas em cinco tratamentos de acordo com o tempo de cozimento: “in natura”, 5, 10, 15 e 20 minutos enquanto para o caranguejo foi utilizado três tratamentos de acordo com o tempo de cozimento: 10, 15 e 20 minutos. Todos os animais foram preparados em salmoura a 10% com variáveis biométricas sendo registradas para a determinação do rendimento de carne. Amostras de carne cozidas, de ambas as espécies, foram utilizadas para determinar a composição centesimal e porções de carne analisadas sensorialmente por um painel de 40 provadores não treinados. Os dados de rendimento, composição centesimal e análise sensorial foram comparados entre os tratamentos por ANOVA de uma via sendo complementados pelo teste de Tukey. Os camarões apresentaram peso médio de 2,06 ± 0,37g e comprimento total de 65,60 ± 4,08 milímetros, respectivamente enquanto que os caranguejos apresentaram peso médio de 36,63 ± 10,70g e largura de 42,19 ± 4,43mm. Os camarões “in natura” apresentaram maiores valores de rendimento quando comparados com os tempos de cozimento, mas quando comparado apenas os tempos de cozimento não houve diferença, o mesmo ocorreu com os caranguejos quando comparado o rendimento de carne em função do tempo de cozimento. Em camarões, os tempos de cozimento de 5, 15 e 20 minutos apresentaram maior concentração de lipídeos e cinzas e nos caranguejos o tempo de cozimento 20 minutos apresentou maior concentração de lipídeos e valor calórico além de apresentar menor teor de umidade. Em caranguejos, não houve diferença no teor de proteína e cinzas. Tanto a carne do camarão quanto a do caranguejo foram bem aceitas pelo consumidor comum em todos os atributos sensoriais analisados. Em camarões, o tempo de cozimento não apresentou diferenças sobre os parâmetros aparência, cor, odor e aceitação global, enquanto que nos parâmetros sabor e textura, os camarões cozidos por 15 e 20 minutos apresentaram maior aceitação que os outros tempos de cozimento. Em caranguejos, o tempo de cozimento não afetou aparência, cor, odor, sabor, textura e aceitação global. Camarões cozidos por 15 e 20 minutos e caranguejos cozidos por 20 minutos obtiveram a menor taxa de umidade, o que pode promover o aumento do tempo de armazenamento além de proporcionar um produto com alta qualidade nutricional. |