Estudo químico da geoprópolis das abelhas Melipona seminigra e Melipona interrupta utilizando as técnicas de RMN, EM associados à Quimiometria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Leonard Rebello Santos de
Outros Autores: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4318547T0
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Química
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6817
Resumo: A humanidade sempre buscou na natureza fontes de matérias-primas, seja de origem vegetal ou em produtos oriundos de animais que pudessem ser utilizadas com cunho terapêutico e medicinal para o tratamento de suas enfermidades. Dentre os muitos, um tem sido utilizado ao longo dos anos pelos habitantes da região Amazônica, a geoprópolis, que é produzida pelas abelhas sem ferrão do gênero Melipona. As espécies M. seminigra e M. interrupta são conhecidas por serem pouco agressivas e bastante sociáveis facilitando sua criação e manejo por meio da Meliponicutura. A geoprópolis possui uma composição complexa rica em diversas classes química muito por sua formação incluir partes de vegetais, resinas, pólens, além da mistura de solo e minerais e que como consequência podem proporcionar atividades biológicas promissoras como, antitumoral, antitussígeno, antioxidante, antiparasitário, antimicrobiano, antisséptico, antimutagênico, anti-inflamatório e imunomoduladora, tornando-a bastante apreciável pelas comunidades consumidoras. Na Amazônia além do clima, a flora utilizada para coleta de subsídios por parte das abelhas influencia diretamente na composição química da geoprópolis, refletindo nas propriedades biológicas do produto. A quantidade reduzida de estudos sobre a composição química da geoprópolis e possível origem botânica das substâncias, ressaltaram a importância de se realizar a pesquisa. Nesse contexto, foi desenvolvido o estudo para caracterizar quimicamente a geoprópolis de cinco diferentes localidades dos arredores de Manaus. Os extratos metanólicos foram obtidos pela metodologia de maceração (48h) da geoprópolis seguido de banho ultrassônico (20min), filtrados e analisados por Espectrometria de Massas (EM) e Espectroscopia de Ressonância Magnética (RMN) e foi possível diferenciar os constituintes químicos entre os pontos de coleta por meio da Quimiometria (PCA e HCA) evidenciando a presença de flavonoides, ácidos orgânicos e benzofenonas. Por injeção direta no equipamento de Espectrometria de Massas de Alta Resolução foram propostas vinte e oito substâncias químicas. As análises por CG-MS revelaram a presença de quatorze substâncias terpênicas. Os resultados de CI50 e fenóis totais apresentaram potencial anti-radicalar para os extratos da geoprópolis das espécies de estudo. O ensaio antimicrobiano dos extratos de M. interrupta mostrou resultados satisfatórios de inibição e morte frente as cepas E. feacalis e S. aureus. A pesquisa contribuiu com conhecimento químico e biológico acerca da geoprópolis das abelhas M. seminigra e M. interrupta, posto que existem poucos relatos na literatura sobre o produto.