Metalogênese da jazida aurífera “El Pescado”, Andes do Norte, Colômbia
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6955 |
Resumo: | Na Colômbia, a exploração de depósitos de ouro representa uma das fontes mais importantes para a economia local. Apesar dos avanços significativos na mineração colombiana, a caracterização dos depósitos de ouro ainda é escassa e representa um desafio para os geólogos. A história geodinâmica dos Andes colombianos resultou na ocorrência de magmatismo cálcio-alcalino jurássico relacionado a acreção de terrenos, e geração de importantes depósitos de ouro como o “El Pescado”. Este deposito aurífero está localizado na porção norte da cordilheira central dos Andes, no flanco leste do sistema de falhas Otú-Pericos, hospedado no Batólito de Segovia. Esta unidade corresponde a quartzo monzodiorito dominante que varia localmente a quartzo sienito, granodiorito e diques porfiríticos de diorito. O plúton principal apresenta condições de cristalização com intervalos de temperaturas de 676°C-754°C e pressões de 2.1-2.6 kbar, e nos diques os intervalos são de 791°C-892°C e 3,6-3,7 kbar respetivamente. O quartzo monzodiorito e os diques de diorito são hospedeiros de veios de quartzo com sulfetos e ouro. Os fluidos hidrotermais geradores dos veios foram enriquecidos em K, Ca, Mg, Fe, S, CO2 e SiO2 e formaram clorita, epídoto, calcita, sericita, óxidos de Fe-Ti, sulfetos de Fe, Cu, Zn, Pb e teluretos de Au e Ag. Esta mineralização se associa a alteração propilítica das rochas encaixantes dos veios, e foi desenvolvida no intervalo de temperaturas de 300°C-332°C (geotermômetro de clorita). A ativação de zonas de cisalhamento transtensivas com trends N-S e NNW-SSE e cinemática dextral (relacionada ao Sistema de Falhas El bagre - Otú) possibilitou a circulação dos fluidos hidrotermais. A sequência paragenética dos minerais do minério foi determinada para dois pulsos de fluidos hidrotermais; o primeiro é caracterizado por quartzo, pirita-I, esfalerita-I, galena-I e baixo Au, a uma temperatura entre 175°C-225°C, do segundo pulso cristalizou a associação mineral formada por sericita, calcita, barita e pirita-II, esfalerita-II, galena-II, calcopirita, teluretos de prata-ouro (calaverita (AuTe2), silvanita [(Au, Ag)2Te4]) e Au. Este último pulso de fluido hidrotermal apresentou temperaturas entre 170°C e 300°C. Os resultados desta pesquisa suportam a hipótese que os fluidos mineralizantes no depósito "El Pescado" estão relacionados ao magmatismo gerador dos diques de diorito, encaixados no Batólito de Segovia. Assim fluidos magmáticos e hidrotermais tarde magmaticos foram mobilizados através de zonas de cisalhamento. Tais estruturas estão vinculadas ao Sistema de Falhas Otú-Palestina, as quais para o alojamento dos veios localmente foram ativadas sob um regime transtensivo rúptil. Os fluidos geradores do minério se vinculam a um mesmo sistema magmático-hidrotermal. O Au e os íons metálicos associados foram transportados por tio-complexos (HS e H2S) em fluidos hidrotermais ácidos a alcalinos, com salinidade intermediária a baixa e temperaturas baixas a moderadas. |