Identificação e análise de polimorfismo em genes relacionados ao estresse oxidativo em tambaqui (Colossoma macropomum)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ramos, Gilvan da Costa
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8635236582350509, 8635236582350509
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e Recursos Pesqueiros
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8954
Resumo: Para sobreviver em ambientes ricos em oxigênio, os organismos aeróbicos precisam de um sistema de defesa eficaz contra espécies reativas de oxigênio (ROS). Embora as concentrações fisiológicas de ROS em organismos aeróbicos sejam benéficas e envolvam vias de sinalização celular e sobrevivência de patógenos invasores, uma concentração elevada e desequilibrada de ROS pode contribuir para o desenvolvimento de doenças. Quando a produção de ROS excede a capacidade do organismo de eliminar estas espécies reativas usando antioxidantes, ocorre estresse oxidativo. Para proteger contra ROS, potencialmente altamente prejudiciais, os organismos desenvolveram um sistema para prevenir ou reparar os efeitos do estresse oxidativo, podem ser moléculas enzimáticas ou não enzimáticas. Como todos os outros organismos, os animais aquáticos devem ter um equilíbrio entre a produção de ROS e as defesas antioxidantes. O estudo dos mecanismos de controle do estresse oxidativo em peixes é de particular interesse por esses organismos serem expostos a muitos fatores de estresse, tais como variações de temperatura, estresse osmótico, mudanças na disponibilidade de oxigênio, poluição e outros impactos antropogênicos, que podem afetá-los diretamente em seu equilíbrio oxidativo. O tambaqui, Colossoma macropomum, é uma espécie migratória nativa das bacias dos rios Amazonas e Orinoco. Tem boa adaptação à aquicultura, alta taxa de crescimento, tolerância à baixa qualidade da água e excelente aceitação no mercado, e estas características facilitaram sua introdução em várias regiões brasileiras. A diversificação dos ambientes de cultivo criou um cenário promissor para o aumento da pressão seletiva sobre os genes relacionados com a resposta ao estresse oxidativo. Um total de 146.743 SNPs foi obtido e alinhado com BLAST, gerando 311 alinhamentos genotípicos em 229 animais, com sequências de DNA relacionadas a genes envolvidos no processo de resposta ao estresse oxidativo. Após a aplicação do filtro de frequência de alelo (MAF) maior que 0,05 e taxa de retirada de amostra e marcadores > 80%, 169 marcadores genotipados permaneceram em 211 animais. As 169 sequências permitiram o alinhamento com 56 genes de 40 espécies diferentes para 224 alinhamentos. Identificamos variações em importantes genes de resposta ao estresse oxidativo em peixes. A avaliação da resposta genética do tambaqui às pressões seletivas sofridas pelas populações criadas em diferentes regiões do Brasil nos ajuda a compreender a capacidade de adaptação desta espécie aos estressores que podem prejudicar sua produção.