Produção industrial de cosméticos: o protagonismo da biodiversidade vegetal da Amazônia
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas BR UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3087 |
Resumo: | Este trabalho busca analisar a emergente utilização de ativos da biodiversidade vegetal amazônica na produção comercial de cosméticos por parte de indústrias localizadas em Manaus, no restante do Brasil e no exterior e o apelo comercial da região. A partir de pesquisas realizadas em uma amostra de 20 empresas do respectivo segmento, observou-se que duas dezenas de espécies regionais representadas principalmente por subprodutos como óleos, extratos, resinas, essências e gorduras vegetais estavam sendo aproveitadas como ingredientes na composição de cosméticos. Os resultados mostraram que na atualidade essa indústria avança independentemente de qualquer juízo de valor, sobre tradicionais e novos recursos da biodiversidade regional, seja planta aromática, alimentícia ou medicinal. As espécies mais demandadas foram castanha-da-Amazônia (Bertholletia excelsa Humb), andiroba (Carapa guianensis Aubl), açaí (Euterpe oleracea/precatória Mart), cupuaçu (Theobroma grandiflorum Willd. ex Spreng. Schum), buriti (Mauritia flexuosa L.), mulateiro (Calycophyllum spruceanum Benth) e copaíba (Copaifera spp). O apelo ou a promoção comercial vinculando o nome da Amazônia também foi constatado como prática nas empresas, sugerindo a inserção estratégica do ingrediente regional, não apenas como elemento técnico, mas também como ferramenta de competitividade no escopo da gestão mercadológica corporativa. Ficou caracterizada, ainda, a participação de essências sintéticas de diversas plantas regionais na composição de vários cosméticos, aludindo a um cenário de relativização da importância dessa biodiversidade como fator de vantagem competitiva para a região. O quadro sugere um novo viés de esvaziamento como ocorreu com a borracha, com o diferencial de afetar um segmento antes mesmo que ele se torne economicamente tão expressivo como aquele, mas que poderá ser superado com políticas públicas efetivas e específicas para a realidade de uma região estratégica para o Brasil |