Formação continuada do professor não indígena que atua em escolas indígenas: uma revisão sistemática de Teses e Dissertações nos períodos de 2011 – 2021.

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Martins, Aurineia Claudio
• Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/0728653534623833
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Faculdade de Educação; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Educação
• Palavras-chave em Português: .; CIENCIAS HUMANAS: EDUCACAO; Formação continuada; Educação escolar indígena; Revisão sistemática; Professor não indígena
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10392

Esta pesquisa se propôs a analisar como a temática da formação continuada de professores não indígenas vem sendo explorada, visando contribuir para uma reflexão mais ampla sobre as necessidades e desafios da atuação docente na educação escolar indígena. O estudo teve como objetivo geral investigar a produção nacional sobre esse tema, buscando mapear pesquisas na pós-graduação brasileira e discutir as características da formação continuada oferecida aos professores não indígenas que atuam em escolas indígenas. Os objetivos incluíram mapear a produção de pesquisas, discutir as características da formação continuada oferecida aos professores e analisar os principais desafios enfrentados por esses profissionais. Para alcançar os objetivos propostos, adotou-se uma abordagem metodológica de revisão sistemática de Teses e Dissertações produzidas entre os anos de 2011 e 2021. A escolha por essa metodologia se deve à sua capacidade de realizar uma abordagem abrangente sobre um tema específico, permitindo a organização, análise e síntese das principais obras existentes na área de interesse (Vosgerau; Romanowski, 2014). Para a construção do corpus deste estudo, foram adotados critérios de sistematização baseados em levantamentos bibliográficos realizados na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), abrangendo o período de 2011 a 2021. A escolha desse intervalo temporal se justifica pela necessidade de capturar um amplo espectro de produções acadêmicas relevantes para a temática em questão, levando em consideração o contexto nacional e o recorte temporal significativo dos últimos dez anos, visando compreender os avanços e limitações no processo de produção de conhecimento nesse período (Fiorentini; Passos; Lima, 2016, p. 19). Utilizando os descritores pertinentes, como 'formação continuada de professores não indígenas', 'professor não indígena', 'educação escolar indígena' e 'educação indígena’. A escolha pelos descritores específicos foi guiada pelos objetivos da pesquisa e pela necessidade de direcionar a busca para as produções que abordam diretamente o objeto de estudo. Olhar para as políticas de formação continuada para professores não indígenas é fundamental para aprimorar não apenas o aspecto teórico, mas também para compreender a prática educacional e sua aplicação efetiva no contexto escolar indígena. Isso requer uma revisão das funções tradicionais da escola, respeitando as territorialidades, necessidades e especificidades de cada comunidade. Em um contexto ideal, a presença de professores indígenas é fundamental nas escolas voltadas para esse público. No entanto, devido à complexidade do sistema escolar brasileiro e à exigência legal de professores de diversas especialidades para lecionarem, é difícil imaginar, a curto prazo, a exclusividade de professores indígenas nessas escolas. Portanto, é crucial repensar urgentemente como a educação escolar indígena é abordada nos cursos de formação docente, uma vez que também há professores não indígenas nesse espaço. Nesse sentido, a formação docente deve passar por uma redefinição, para que os professores assumam novas competências profissionais em um conhecimento pedagógico, científico e cultural revisto, como preconiza Imbernón, 2010. Embora a formação inicial possa preparar os professores para começar a ensinar, é essencial que ela forneça uma base sólida nos âmbitos científico, cultural, contextual, psicopedagógico e pessoal, capacitando os futuros professores a assumir a tarefa educativa em toda a sua complexidade.