Aplicação da distribuição de sensibilidade de espécies a agrotóxicos para a definição de padrões de qualidade da água e proteção da biodiversidade aquática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vilarinho, Gisele Cortez Custódio
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0696830514630124
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5292
Resumo: Distribuição da Sensibilidade das Espécies - DSEs (Species Sensibility Distributions - SSDs) é um método utilizado para representar a variação da sensibilidade de múltiplas espécies em relação a um determinado componente tóxico representado por uma função estatística. Ao longo das últimas décadas este método vem sendo amplamente utilizado por diferentes comunidades internacionais como uma ferramenta para a definição de padrões de qualidade no que se refere aos valores máximos permitidos de componentes tóxicos no meio ambiente. Neste trabalho propomos a utilização de DSEs para a definição de valores máximos permitidos (padrões de qualidade da água) para diversos agrotóxicos de forma a proteger a biodiversidade aquática da Amazônia. Realizamos levantamento dos dados disponíveis em banco de dados e artigos publicados, padronizamos e selecionamos os critérios para análises e em seguida comparamos os valores encontrados com o proposto na Resolução CONAMA Nº 357/2005 a fim de chegarmos a conclusões inerentes ao ambiente amazônico. Os agrotóxicos analisados foram o inseticida Deltametrina, Malationa, Parationa-Metilica e Imidacloprido dos quais foram analisados suas ações em Peixes e Artrópodes, o fungicidas Mancozebe e suas ações em Peixes e Invertebrados, e também os herbicidas Glifosato e Paraquate dos quais além das analises em Peixes e Invertebrados foram também dispostos dados sobre Algas e Macrofitas. Os valores de HC5 gerados com a construção das DSEs foram utilizados para determinar os padrões de qualidade de água, a partir disso os valores das concentrações máximas propostas foram de 0,00002 μg/L para Deltametrinal, 0,026 μg/L para Imidacloprido, 0,102 μg/L para Malationa, 0,02 μg/L para Parationa Metilica, 1,284 μg/L para Mancozebe, 19,27 μg/L para Glifosato e 0,006 μg/L para o Paraquate. No caso do malation, o valor determinado coincide com o valor já proposto na Resolução CONAMA Nº 357/2005. Para o glifosato, o valor calculado foi cinco vezes menor que o determinado na resolução. Para os demais agrotóxicos não foi possível fazer a comparação, pois a legislação brasileira carece de informações sobre limites para estes. Conclui-se que é possível estimar padrões de qualidade para a região amazônica a partir de dados gerados em outras regiões e que tais padrões podem guiar a utilização de componentes tóxicos afim de minimizar os impactos ambientais causados pelos mesmos.