Avaliação dos polimorfismos em genes de citocinas e do inflamassoma no desenvolvimento da fibrose hepática em pacientes com hepatite C

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Toro, Diana Mota
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9461962192270558, https://orcid.org/0000-0002-1003-3848
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9098
Resumo: A hepatite C é uma doença inflamatória no fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV). Os indivíduos infectados com o HCV apresentam diferenças no prognóstico clínico da doença. Em torno de 70% apresentam hepatite C crônica e podem desenvolver fibrose hepática, cirrose e carcinoma hepatocelular. As manifestações clínicas e a evolução da doença estão relacionadas com diferenças na resposta imunológica contra o HCV. Uma resposta imune bem-sucedida é essencial para eliminação do vírus, no entanto, as características genéticas do hospedeiro podem resultar em respostas imunes com alterações de ganho ou perda de função, as quais podem ser associadas à inflamação crônica e infecção persistente. As infecções virais estimulam a produção de IL-1β através da via de sinalização dos inflamassomas. A citocina IL-1β atua na resposta antiviral induzindo genes pró-inflamatórios, via ativação de NF-kB, recrutando leucócitos para o local da infecção e modulando a ação de células infiltradas. Por outro lado, a IL-1β também pode promover a produção de moléculas pró-fibrogênicas, contribuindo para o desenvolvimento de doenças relacionadas com o HCV. Objetivo: Avaliar os polimorfismos nos genes das citocinas IL-1β e IL-18 e do inflamassoma NLRP3, CARD8, CTSB e AIM2 no desenvolvimento da fibrose hepática em pacientes com hepatite C, atendidos em uma unidade de referência na Amazônia brasileira. Os polimorfismos nos genes da IL1B e IL18 foram genotipados por PCR-RFLP, enquanto NLRP3, CARD8, CTSB e AIM2 por PCR em Tempo Real. A quantificação sérica da citocina IL-1β foi realizada pela técnica de ELISA. Resultados: No presente estudo analisamos 151 amostras de pacientes com Hepatite C crônica, e 206 amostras do grupo controle. Entre os pacientes 84 apresentaram fibrose leve (<F2) e 67 fibrose avançada (≥F2). Foi observada interação gênica entre CARD8 rs2009373 C/T e IL1B rs16944 C/T (padj=0.039), assim como para CTSB rs1692816 A/C e AIM2 rs1103577 C/T (padj =0.008), sugerindo que existe cooperação entre esses SNPs na proteção contra o desenvolvimento da hepatite C. Na análise de interação gênica entre os subgrupos de pacientes com hepatite C (<F2 vs ≥F2), foi observada uma interação entre CARD8 rs2009373 T/T e IL18 rs187238 G/C, após o valor de p ser ajustado por sexo e idade (padj=0.028), sugerindo que existe cooperação entre esses SNPs na proteção contra o desenvolvimento da fibrose hepática. Conclusão: Nesse estudo, descrevemos as frequências alélicas e genotípicas para os polimorfismos estudados, além de observarmos que parece haver cooperação entre alguns genes, que codificam componentes dos inflamassomas, no sentido de conferir proteção contra a infecção pelo HCV e desenvolvimento de fibrose hepática.