Desenvolvimento de emulsões utilizando extrato seco de Passiflora Nitida Kunth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ribeiro, Priscilla Tobias
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9298994593194467
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4251
Resumo: A Passiflora nitida é uma espécie da flora amazônica ainda pouco estudada que somada ao seu potencial antioxidante, relatado na literatura, devido principalmente à presença de fenóis e flavonoides, desperta o interesse para aplicação em um produto. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver uma formulação semissólida com atividade rejuvenescedora e clareadora da pele. A droga vegetal foi coletada na Embrapa-AM, o extrato seco obtido por aspersão em spray dryer foi preparado em três diferentes concentrações (droga vegetal-solvente). Na caracterização da matéria-prima vegetal testes como perda por dessecação, granulometria por tamisação, teor extrativo, teor de cinzas, triagem fitoquímica foram realizados com a droga vegetal. Com o extrato seco foram realizados os testes de granulometria a laser, análise da área superficial específica, fluorescência de raios-x, análises térmicas, resíduo seco, teor de fenóis e flavonoides totais, DPPH, ABTS, atividade de inibição da tirosinase, atividade quelante e potencial redutor. Na sequência, foram desenvolvidas formulações semissólidas e realizado os testes de pré-estabilidade, estabilidade preliminar, estabilidade acelerada, estudo reológico, espalhabilidade. Posteriormente, foram realizados testes em cultura de células para avaliar a citotoxicidade e a capacidade de reduzir a melanogênese e inibir a tirosinase. Também foi determinado o teor de flavonoides totais por esctrofotometria UV-Visível tanto no extrato seco como na formulação. Na caracterização da droga vegetal a perda por dessecação foi de 9,08 %, o pó foi classificado como grosso. O teor extrativo foi de 17,16 % e o teor de cinzas foi de 5,43 %. Na triagem fitoquímica o resultado foi fortemente positivo para heterosídeos flavônicos. O extrato seco foi classificado como pó finíssimo, com diâmetro médio de partículas de 25,06 μM e poros do tipo mesoporos. Os elementos químicos encontrados pela técnica de fluorescência de raios-x foram Ca, K, Cl, S, P, Si, Mg, Na e Br. Na análise térmica, temos quatro eventos térmicos observados na curva de DSC e quatro eventos de perda de massa na curva de TG/DTG. Para o extrato seco a 7,5% o resultado de fenóis totais foi de 18,9 %, flavonoides totais de 4,1 %. A CI50 do DPPH foi de 31,5 μg/mL, CI50 do ABTS foi de 21,8 μg/mL, CI50 da inibição de tirosinase foi de 437 μg/mL. O extrato não apresentou atividade quelante e o potencial redutor foi de 29,7 % na concentração de 50 μg/mL. No desenvolvimento das formulações, dezoito bases foram manipuladas, a partir das quais várias formulações foram testadas na pré-estabilidade. Quatro formulações seguiram para estabilidade preliminar e estabilidade acelerada. A formulação selecionada na estabilidade acelerada foi a LB12 com 3% de Passiflora nitida. A LB12 3% apresentou comportamento pseudoplástico com tixotropia e boa espalhabilidade. O extrato seco e a formulação não apresentaram citotoxicidade e ambos apresentaram capacidade de reduzir a melanogênese. Entretanto, não houve inibição da tirosinase em cultura de células. O teor de flavonoides totais foi de 1,2 % para o extrato seco e de 0,2% para a formulação. O extrato seco de Passiflora nitida possui, in vitro, atividade antioxidante e capacidade de redução da melanogênese. Os resultados possibilitam o estabelecimento de parâmetros de controle de qualidade do extrato seco, e fornecem dados como: formulação, especificações físico-químicas e estabilidade, para a regularização do produto cosmético junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA. Desta maneira, conseguimos obter um produto cosmético semissólido com o bioativo amazônico - extrato seco de Passiflora nitida, seguro, estável e com as atividades antioxidante e clareadora da pele, comprovadas in vitro.