A Cidade percebida pelas crianças a partir de vivências artísticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lacerda Junior, José Cavalcante
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4731128445071858
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6815
Resumo: O crescente processo de urbanização coloca as cidades no centro dos desafios do Século XXI uma vez que elas interferem no ordenamento espaço-demográfico, perpassam as dinâmicas socioambientais e influenciam nas referências identitárias psicossociais. As cidades estão nos centros das discussões contemporâneas. Essa conjuntura possui um impacto direto na maneira de como a população convive com a cidade. Por sua vez, o olhar sobre a cidade incide a uma atenção às pessoas que compõem as mesmas, entre as quais encontram-se as crianças. Hoje, as crianças não somente estão nas cidades como fazem parte integral das mesmas vivenciando suas inúmeras configurações, como a arte. É possível, assim, ancorar a relação das crianças com a cidade de Manaus mediante as vivências das crianças em uma escola de artes: o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. O presente estudo teve como objetivo compreender o processo de percepção do ambiente da cidade entre as crianças a partir de suas vivências artísticas realizadas em uma escola de artes. Esse processo investigativo construiu um percurso metodológico, onde sua natureza revelou-se qualitativa e sua materialização se deu por intermédio de uma pesquisa de campo com a abordagem multimétodos. Participaram, no total, 77 crianças em técnicas distintas, como mapa mental, entrevistas semiestruturada, observação participante e ateliê artístico. O estudo demonstrou que as percepções das crianças em relação a cidade indicam uma relação não estática, mas sempre aberta a variáveis que podem advir de um contexto “mergulhado” nas subjetividades infantis. Como resultado, pode-se indicar que a sociabilização das crianças com a cidade é um processo dialético, isto é, há uma confluência de interações que se formam mediante as interposições do adulto, no que diz respeito ao uso dos espaços citadinos, e às maneiras como as crianças reelaboram seu “estar” em cada espaço a partir de suas vivências. Tais reelaborações ocorrem por intermédio de contínuos aspectos que tanto agregam ou acrescentam uma percepção quanto percepções que desagregam ou retiram elementos que outrora estavam presentes. Daí entender que a vivência da arte é um importante instrumento para expressão da relação das crianças com a cidade. As crianças ao vivenciarem a arte através do contato contínuo com as dinâmicas socioambientais da cidade reverberam uma linguagem de compreensão do mundo, sinalizando pelas suas vivências seu estar no mundo. Enfim, o estudo sinaliza o reconhecimento das crianças na cidade. Elas circulam, visitam, percebem e constroem a cidade à medida que a vivenciam.