A trama do monzogranito itã: Escudo das Guianas, RR
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9129 |
Resumo: | O Granito Itã é constituído principalmente por litofáceis de granodiorito e monzogranito cujos limites indicam que se formaram por pulsos que interagiram ainda em estado magmático, e que depois de cristalizados foram intrudidas por sienogranito na forma de diques e apófises. Estas litofáceis são metaluminosas, exibem assinatura geoquímica cálcio-alcalina de alto-K e distribuição dos ETRL maior em relação aos elementos pesados, o que sugere fracionamento moderado na sua gênese. Evidências de assimilação incipiente foram localmente observadas. O alojamento plutônico do Granito Itã na crosta inferior ocorreu sob domínio regional de tectônica transpressiva, impondo-lhe formato elíptico com eixo maior orientado para os azimutes de 220°-230° para 050°-060° e registro de petrotrama interna caracterizada por foliação magmática com atitude variando nos azimutes 230°-260°/50°-70°. Mecanismos de acomodação na crosta vinculados a processos convectivos de câmara foram preservados na petrotrama do centro do plúton. A organização, distribuição espacial e orientação desta petrotrama são coerentes com a posição do vetor de encurtamento tectônico regional no azimute de 320°-340° para 140°-160°. A origem e organização de sua petrotrama em domínios, e seu alto mergulho no centro do plúton, similar à petrotrama de suas rochas hospedeiras é sugestivo de uma reologia plástica (alta temperatura) da crosta durante a colocação plutônica. Deformação de estado sólido por cisalhamento simples com lineação de baixo rake e caimento dominante para o Norte e rotação dextral foi registrada em alta temperatura. Essa deformação ocorre disposta em faixas onde a rocha exibe textura milonítica com atitude paralela à foliação magmática. Interpreta-se que o Granito Itã cristalizou em temperaturas de 843 °C a 825 °C, foi alojado em dois pulsos principais que interagiram entre si, em pressões entre 1043, 690 e 275 MPa condizentes com ambiente de crosta inferior em arco magmático. O plúton registrou petrotrama submagmática dominante e de estado sólido subordinada, a qual foi compartimentada em domínios em condições sin a tardi-cinemáticas. Considerando que as rochas encaixantes do Granito Itã são charnockito e sienogranito (tipo wiborgito) deformados e que possuem petrotramas com organização e orientação similar à do Granito Itã, interpreta-se que todas estas rochas registraram suas respectivas petrotramas sob influência do mesmo evento tectônico e por tanto seriam temporalmente próximas e cinematicamente coerentes. |