Onicomicoses: Perfil de fungos não dermatófitos em pacientes ambulatoriais da Fundação Alfredo da Matta - Manaus/Amazonas
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Patologia Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6748 |
Resumo: | O papel dos fungos não dermatófitos por ser controverso na patogenia das onicomicoses há a necessidade de proceder exame laboratorial criterioso. Tanto os fungos filamentosos quanto as leveduras podem mimetizar as dermatofitoses. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo observar o perfil micológico dos fungos não dermatófitos na etiologia das onicomicoses em pacientes oriundos da Região Amazônica e relacionar os agentes etiológicos com os tipos de lesões e os prováveis fatores predisponentes. Foram examinados 25 voluntários de ambos os sexos apresentavam 61 unhas com lesões sugestivas de onicomicoses. O material clínico coletado foi submetido à clarificação com solução de Hidróxido de Potássio 40%. Para o isolamento dos fungos, parte do material clínico foi semeado em ágar Sabouraud com cloranfenicol (100 mg/ L) e ágar Sabouraud acrescido de cloranfenicol (100 mg/L) e óleo de oliva 1%, ambos os cultivos foram incubados a 25ºC e 37ºC, respectivamente. O crescimento dos microrganismos foi observado, a cada 24 horas, por 30 dias. Dos 25 pacientes examinados, em 20 foi confirmado o parasitismo por fungos filamentosos e/ou leveduras. Das 61 amostras ungueais, em 72% (44) foram diagnosticadas onicomicoses. De acordo com os resultados obtidos, os portadores de onicomicoses, 65% do sexo feminino e 35% do masculino, a faixa etária oscilava entre 31-50 anos (50%). Entre esses, houveram pacientes que apresentavam acometimento apenas das unhas das mãos (50%), 25% apenas das unhas dos pés. Nos demais, 25% constatou-se acometimento tanto das unhas dos pés quanto das mãos. A atividade profissional com maior número de pacientes foi de domésticas (25%), nas quais as unhas das mãos (19%) foram mais acometidas. Com relação as unhas acometidas, os háluxes (40,91%) foram os mais afetados. A onicomicose subungueal distal-lateral (OSDL) foi observada em 66% dos casos, acometendo principalmente as unhas dos pés (43%). O contato com umidade foi o mais importante fator de risco relatado pelos pacientes que apresentavam lesões das unhas das mãos (45%). Constatou-se a predominância de fungos não dermatófitos (90,9%), dentre os quais as leveduras foram as mais frequentes (52,7%). Infecções mistas (18%) por fungos não dermatófitos acometeram 18% das unhas. Dentre os 53 isolados observou-se 98% do Filo Deuteromycota e 2% do Filo Ascomycota. Candida albicans foi a espécie predominante (30%). Dentre os fungos filamentosos não dermatófitos, Aspergillus candidus (4%) e A. niger (4%) foram os mais frequentes. Em 8% dos casos diagnosticarem-se Trichophyton tonsurans. Candida albicans foi predominante em onicomicose por agente único (28%) acometendo principalmente unhas dos pés no sexo feminino (9%) e unhas das mãos no masculino (9%), ocorreu mais freqüentemente em pacientes com 31 a 40 anos de idade (12%), sendo a onicomicose subungueal distal-lateral (16%) a forma clínica mais comum. Os resultados desta pesquisa se comprovaram que os fungos não dermatófitos são agentes frequentes de onicomicoses o que alerta para serem incluídos como suspeitos no diagnóstico etiológico das mesmas. |