Espelho de Amaterasu: a literatura produzida por imigrantes japoneses e descendentes no Amazonas (1930-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Wendell Martins
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7805672634149453
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9468
Resumo: No porto de Santos do Estado de São Paulo, em 1908, o navio Kasato Maru aportava com os primeiros imigrantes japoneses em terras brasileiras. Havia o interesse pela mão de obra do lado do Brasil e em contrapartida a utilização da força de trabalho pelos japoneses. Anos depois, a imigração japonesa acontecia no Amazonas em virtude do sucesso imigratório no Sudeste. Além disso, era necessário a mão de obra em terras amazonenses como forma de obter um novo produto econômico para a região. Junto com o conhecimento dos imigrantes, como a produção agrícola, manejos de produção, artes, vieram as produções literárias como forma de subsidiar a saudade do Japão e fuga do intenso contato com as novas tradições, desenhando, assim, uma escritura hibrida ao contemplar as paisagens da nova terra. Nesse contexto de produção, a intertextualidade nascia na palavra desenhada em japonês ou em português, sem hierarquias, mas com a precisão do manuseio do pensamento migrante. Assim, a investigação desenvolvida analisa três produções literárias produzidas por japoneses ou descendentes em contexto imigratório, a saber: Flores e Borboletas, de Sachiko Kawada; Narrativas Amazônicas, de Toshio Shirayanagi; e A terra natal está tão distante – Coleção de ensaios de imigrantes amazônicos, de Toshiyuki Kawada. As obras são analisadas sob a luz teórica de Stuart Hall ao pontuar o entrelaçamento da produção literária e cultural do migrante no contexto amazônico. Ainda para entender melhor o contexto migratório dos japoneses para o Amazonas, a pesquisa traz à baila os pensamentos de Michele Eduarda Brasil de Sá e de Linda Midori Tsuji Nishikido; ainda a crítica de Silviano Santiago, na obra Uma literatura nos trópicos e Antonio Candido, em Literatura e sociedade, norteiam o processo de discussão literária dos autores japoneses e descendentes no Amazonas. Enfim, a investigação apresenta textos literários pouco difundidos no cenário da literatura amazonense ou nacional.