Influência dos fatores imunológicos CD4, CD8, razão CD4/CD8 e variáveis sociodemográficas na neurocognição de pessoas vivendo com HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Queiroz, Krys Layane Guimarães Duarte
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9099816461770409
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10771
Resumo: Com o desenvolvimento da terapia antirretroviral (TARV), o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) deixou de provocar uma doença mortal, para se tornar uma doença crônica. Apesar desses avanços, as pessoas vivendo com HIV e AIDS (PVHA) ainda enfrentam riscos maiores de comorbidades em comparação com a população geral, pois a cronicidade envolve uma inflamação residual causado pela persistência viral devido ao grau de comprometimento ou deterioração do sistema imune. A entrada do HIV no Sistema Nervoso Central causa distúrbios metabólicos, envelhecimento precoce e principalmente distúrbio neurocognitivo associado ao HIV (HAND). O objetivo do estudo é avaliar o perfil clínico, epidemiológico e imunológico de PVH com distúrbios neurocognitivos associados ao HIV atendidos na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado em Manaus/AM. Trata-se de um estudo descritivo e longitudinal realizado no período de março/2023 a março/2024. Foram incluídos PVH na faixa etária igual ou superior 18 anos, de ambos os sexos, em uso regular de TARV, submetidos a avaliação neurológica, exames clínicos e laboratoriais. Participaram do estudo 70 PVH, distribuídos em três grupos: sem distúrbio neurocognitivo (Não-HAND), déficit assintomáticos e com distúrbio neurocognitivo leve ou demência leve a grave. O grupo com déficit leve a grave apresentou a menor renda (p<0,004), assim como menor escolaridade (p<0,005). Nossas observações indicam que idade avançada, gênero feminino, baixo nível educacional e renda limitada estão associados a um aumento de déficits cognitivos. Marcadores imunológicos, como baixos níveis de CD4 (p<0,023) e CD8, com diminuição da razão CD4/CD8, foram associados ao comprometimento cognitivo, devido um possível esgotamento imunológico e um risco elevado de neuroinflamação. Sugere-se que pesquisas futuras incluam amostras maiores e abordagens longitudinais, objetivando intervenções que combinem estratégias imunológicas, psicossociais e comportamentais para melhorar o manejo dos efeitos neurocognitivos do HIV.