Influência dos fatores imunológicos CD4, CD8, razão CD4/CD8 e variáveis sociodemográficas na neurocognição de pessoas vivendo com HIV
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10771 |
Resumo: | Com o desenvolvimento da terapia antirretroviral (TARV), o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) deixou de provocar uma doença mortal, para se tornar uma doença crônica. Apesar desses avanços, as pessoas vivendo com HIV e AIDS (PVHA) ainda enfrentam riscos maiores de comorbidades em comparação com a população geral, pois a cronicidade envolve uma inflamação residual causado pela persistência viral devido ao grau de comprometimento ou deterioração do sistema imune. A entrada do HIV no Sistema Nervoso Central causa distúrbios metabólicos, envelhecimento precoce e principalmente distúrbio neurocognitivo associado ao HIV (HAND). O objetivo do estudo é avaliar o perfil clínico, epidemiológico e imunológico de PVH com distúrbios neurocognitivos associados ao HIV atendidos na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado em Manaus/AM. Trata-se de um estudo descritivo e longitudinal realizado no período de março/2023 a março/2024. Foram incluídos PVH na faixa etária igual ou superior 18 anos, de ambos os sexos, em uso regular de TARV, submetidos a avaliação neurológica, exames clínicos e laboratoriais. Participaram do estudo 70 PVH, distribuídos em três grupos: sem distúrbio neurocognitivo (Não-HAND), déficit assintomáticos e com distúrbio neurocognitivo leve ou demência leve a grave. O grupo com déficit leve a grave apresentou a menor renda (p<0,004), assim como menor escolaridade (p<0,005). Nossas observações indicam que idade avançada, gênero feminino, baixo nível educacional e renda limitada estão associados a um aumento de déficits cognitivos. Marcadores imunológicos, como baixos níveis de CD4 (p<0,023) e CD8, com diminuição da razão CD4/CD8, foram associados ao comprometimento cognitivo, devido um possível esgotamento imunológico e um risco elevado de neuroinflamação. Sugere-se que pesquisas futuras incluam amostras maiores e abordagens longitudinais, objetivando intervenções que combinem estratégias imunológicas, psicossociais e comportamentais para melhorar o manejo dos efeitos neurocognitivos do HIV. |