Estabilidade de cor e fluorescência de compósitos resinosos frente a diferentes tipos de bebidas: um estudo in situ

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Oliveira, Lara Pepita de Souza
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4115384490102123, https://orcid.org/0000-0002-5667-0877
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Faculdade de Odontologia; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Odontologia
• Palavras-chave em Português: Resinas dentárias - Testes; Materiais dentários - Testes; Dentes - Clareamento - Testes; CIENCIAS DA SAUDE: ODONTOLOGIA: MATERIAIS ODONTOLOGICOS; Resinas compostas; Estabilidade de cor; Fluorescência; Bebidas
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8799

O objetivo deste estudo foi analisar a influência de quatro tipos de bebidas (água, cerveja, energético e vinho tinto) na estabilidade de cor e fluorescência de dois compósitos resinosos (Filtek Z350XT – 3M; FORMA - Utradent). Foram confeccionados 160 espécimes de resina composta (80 amostras de cada), em forma de disco (6.0mm x 2.0mm). Os mesmos foram inseridos em dispositivos palatinos que foram utilizados por 05 voluntários. O uso do dispositivo foi ininterrupto, sendo removido pelo tempo estipulado para as refeições (3 horas), higienização bucal e ingestão de outras bebidas. Cada participante realizou a ingestão diária de 100 ml, duas vezes ao dia (2x50ml) de cada uma das bebidas (Vinho tinto, cerveja, energético e água), durante 15 dias cada, com intervalos de 07 dias (wash-out) entre o fim do experimento com uma bebida e início com outra, totalizando 60 dias in situ. Foram obtidos os valores iniciais e finais de cor e fluorescência das amostras, por meio de fotografias digitais, sendo estas analisadas pelo programa mColorMeter versão 2.5.3, que forneceu os valores das escalas de cores CIE-Lab (análise da cor) e RGB (análise da fluorescência). Diante da constatação da normalidade dos dados, pelo teste Shapiro-Wilk (p>0,05), realizou-se a análise de variância a dois fatores (two-way ANOVA) para cor e ANOVA para medidas repetidas, para a fluorescência; a comparação múltipla entre grupos foi realizada pelo teste post hoc de Tukey (α=0,05). Nos resultados, os valores mais pronunciados de alteração de cor (ΔE), para ambas as resinas compostas, ocorreram com o vinho tinto (ΔE=10,5 para Filtek e ΔE=9,90 para Forma) e a cerveja (ΔE=6,3 para Filtek e ΔE=6,1 para Forma), os menores valores foram identificados para o energético (ΔE=2,2 para Filtek e ΔE=2,0 Forma) e para a água (ΔE=0,9 para Filtek e ΔE=0,7 para Forma). Quanto à fluorescência, ocorreram divergentes níveis de alteração da fluorescência entre os compósitos; em ambas as resinas, houve uma redução da intensidade da fluorescência com a bebida vinho tinto e um aumento com a água (controle) e energético. Na cerveja, a resina Z350 sofreu um aumento da intensidade da fluorescência e a Forma sofreu uma diminuição. Concluiu-se que o consumo diário de 100mls (2x50ml) das bebidas testadas, durante 15 dias cada, induziu a alterações significativas na cor e fluorescência dos compósitos (nanoparticulado e nanohíbrido) avaliados, sendo as bebidas alcoólicas vinho tinto e cerveja as que promoveram os maiores níveis de alteração.