Caracterização das propriedades do amido da crueira de mandioca (Manihot esculenta Crantz) isolado por diferentes métodos de extração
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8762 |
Resumo: | No processo de produção da farinha de mandioca (Manihot esculenta crantz) são gerados muitos resíduos e um deles é a crueira, um resíduo sólido proveniente da etapa de peneiramento com elevado teor de amido. Existe uma grande procura por novas fontes de amido devido as necessidades mercadológicas. Assim, a crueira de mandioca é um que ainda não possui muitas aplicações, sendo descartado no meio ambiente sem nenhum tipo de tratamento prévio. A extração do amido desse resíduo é uma alternativa de agregar valor e uma fonte potencial aos amidos não convencionais. O estudo de métodos de extração de amido é de extrema importância, pois influencia diretamente suas principais características, as quais por sua vez apresentam potencial de melhor aproveitamento destes e possibilitam novas aplicações. Desta forma, o objetivo do estudo foi avaliar a influência de diferentes métodos de extrações, ácida (AAC), alcalina (ABS) e aquosa (AH) do amido da crueira em relação às suas propriedades físico-químicas, térmicas, morfológicas e funcionais. A composição química da crueira mostrou o potencial do resíduo para extração de amido, possuindo baixo teor de cinzas, lipídios e alto teor de amido 1,12, 0,82, e 80,26 g/100 g, respectivamente. Os amidos extraídos pelos métodos AAC, ABS e AH tiveram rendimento prático de extração equivalente a 49,39, 56,02 e 43,97%, respectivamente, superior aos comparados com outras fontes como feijão-verde e frutos de pupunheira. Em relação a composição centesimal, foi possível afirmar que houve redução no teor cinzas e lipídios dos amidos da crueira devido aos métodos de isolamento empregados. Todos os amidos obtidos apresentaram teor de amilose classificados como do tipo normal. A cor também é influenciada pelos métodos de extração, destacando o parâmetro de luminosidade que apresentou, para os três amidos, L* superior a 80. Por meio da microscopia eletrônica de varredura, foi possível observar que o amido ABS se diferenciou do AAC e AH, apresentando grânulos rachados. Além disso, o padrão de difração de raios X confirmou sua estrutura cristalina tipo A. O maior grau de cristalinidade foi para o AAC (45,96%). As propriedades térmicas foram obtidas através da análise termogravimétrica, destacando-se o ABS que obteve menor temperatura de decomposição (448,15°C). De modo geral, os métodos de extração empregados ocasionaram em propriedades diferentes nos amidos, afirmando a importância de estudar os métodos de extração, apresentando potencial para futuras aplicações industriais, tais como: embalagens, espumas, sacolas, produtos biodegradáveis em geral etc. |