Padrões genético-populacionais do “tracajá” Podocnemis unifilis (Troschel, 1848) (TESTUDINES: PODOCNEMIDIDAE) na Amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Agostini, Maria Augusta Paes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2598701220134479
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5634
Resumo: O tracajá (Podocnemis unifilis) é a tartaruga de água doce com maior distribuição, podendo ser encontrada nos mais diversos habitats. Associada a características naturais dos quelônios, a ação humana provoca um declínio acentuado das populações, fazendo com que espécies como P.unifilis esteja na lista de animais a serem protegidos pelo IBAMA. Muitos aspectos da biologia das espécies podem ser determinados usando análises genéticas. Em alguns rios da bacia Amazônica, corredeiras e cachoeiras limitam o fluxo gênico de vários grupos aquáticos e semiaquáticos, portanto, é necessário estudar os padrões genéticos das espécies principalmente em locais que são visados para empreendimentos hidrelétricos. Com isso, analisamos a região D-Loop do DNA mitocondrial de 300 tracajás adultos de diferentes rios da drenagem da Amazônia brasileira, determinando padrões de organização da variabilidade genética e avaliando a interferência de barreiras naturais aos indivíduos. Foram medidos o número de haplótipos, número de sítios segregantes, a diversidade haplotípica, diversidade nucleotídicas, testes de neutralidade, AMOVA e foi construída uma rede de haplótipos. Para medir os níveis de estruturação entre as localidades inferimos o índice de fixação ФST, a quantidade de grupos biológicos na amostra, nível de fluxo genético, teste de Mantel, e por fim, foram estimadas as barreiras naturais ao fluxo gênico usando o programa Barrier. Encontramos altos valores de diversidade genética e um fluxo genético restrito com altos níveis de estruturação entre as localidades. As diferenças dentro dos rios Madeira, Tapajós, Trombetas, Xingu e Tocantins-Araguaia possivelmente são causadas pelas cachoeiras e corredeiras. Sugerimos 8 Unidades de Manejo distintas: Barreirinha, Médio rio Trombetas, rio Tapajós, montante da cachoeira da Volta Grande do Xingu, jusante da cachoeira da Volta Grande do Xingu, rio Guaporé, bacia Tocantins-Araguaia e um grupo da região da várzea amazônica com as demais localidades. Indicamos a utilização de nossos dados na tomada de decisão de locais de soltura de filhotes em projetos de manejo participativo de quelônios amazônicos, nas decisões sobre implantação de empreendimentos e na fiscalização e apreensão do comércio ilegal de tracajás, além de ressaltar a importância do estudo da espécie através de outros marcadores moleculares, a fim de auxiliar na conservação dos tracajás