Pentecostalismo e espiritualidade na Amazônia: a fé como elemento de reinvenção da vida no contexto de Parintins no Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marques, Maria Sandrelle Gonçalves
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4316467009741253
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9177
Resumo: Esta tese apresenta uma análise compreensiva do pentecostalismo como uma das expressões de fé do povo Amazônico, dando especial destaque aos elementos do fundamentalismo e da espiritualidade dos adeptos da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Amazonas e Igreja Evangélica Assembleia de Deus Missionária, em seu processo de manipulação por alguns líderes religiosos. Busca-se também mostrar o processo de expansão de consciência dos adeptos que, numa imersão em si mesmo, por fora do credo religioso, decidem trilhar outros caminhos. A pesquisa foi realizada no município de Parintins no Amazonas, apontando os aspectos de expansão da espiritualidade por fora do credo pentecostal. O estudo realizou-se no município de Parintins, conhecido também como ilha Tupinambarana, localizado no baixo Amazonas distante 369 km de Manaus, capital do Estado. A amostra da pesquisa se assenta em 13 participantes, caracterizados como membros evangélicos participantes ativos e aqueles que já foram membros de igrejas pentecostais e depois se distanciaram, além de 02 estudiosos do tema. Dentre os múltiplos resultados, a pesquisa mostra que o pentecostalismo adota o fundamentalismo como conduta arbitrária e absoluta, desconsiderando a cultura indígena amazônica e outras cosmovisões, apresentando explicações reducionistas a respeito do homem e da vida. A pesquisa revela que a perspectiva pentecostal espiritocêntrica assenta-se numa forma de psicologização do sujeito atingindo a sua subjetividade, que muitas vezes é manipulada pelos atos de louvor e adoração a Deus. Dessa forma, a religião se transmuta num aparelho ideológico que serve mais ao poder institucional do que a Deus, figurando-se numa fábrica de manipulação dos espíritos