Estudo fitoquímico do resíduo madeireiro de Sextonia rubra (Lauraceae) e investigação do potencial antioxidante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Flores, Sarah Larissa Gomes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5358701499337330
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Química
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9427
Resumo: A Sextonia rubra (Mez.) van der Werff (LAURACEAE), é a única representante do seu gênero na Amazônia brasileira, é conhecida por louro gamela e explorada pelo setor madeireiro. O objetivo deste trabalho foi estudar o perfil químico das cascas de S. rubra e a atividade antioxidante dos extratos e das substâncias isoladas. As cascas foram extraídas com etanol 70 % v/v. O extrato obtido foi particionado com os solventes hexano, clorofórmio, acetato de etila e butanol, nesta ordem. Após, o extrato bruto e frações foram analisados por ensaios fitoquímicos em tubos de ensaio e por cromatografia em camada delgada (CCD); determinados os teores de fenóis totais e atividade antioxidante frente ao radicais DPPH• e ABTS•+. As substâncias ativas foram isoladas por cromatografia contracorrente de alta eficiência (HPCCC), utilizando os modos normal e reverso. As eluições das fases móveis ocorreram em modo gradiente não linear, variando as proporções dos solventes hexano, acetato de etila, metanol, n-butanol e água. O extrato LLG03 (acetato de etila) (11,64 g) apresentou a maior quantidade de manchas com potencial antioxidante nas CCDs reveladas com DPPH e foi eleito para o fracionamento. A análise de perfil químico em tubos indicou as classes alcaloides, taninos condensados, fenólicos, terpenos, saponinas e esteróides. Os extratos polares apresentaram as seguintes concentrações eficientes (CE50, µg/mL) para captura dos radicais livres DPPH e ABTS: LLG (bruto): 10,67 e 17,67; LLG03 (acetato de etila): 19,27 e 8,99; LL04 (n-butanol): 17,77 e 8,25 e LLG05 (resíduo hidroalcoólico): 18,37 e 8,00. O fracionamento de LLG03 por HPCCC isolou seis substâncias: epicatequina (SF13-26, 21,7 mg), ácido vanílico (SF14-11, 10,0 mg, AVA), ácido protocatecúico (SF14-16, 18,4 mg, APR), proantocianidina A2 (SF14-24, 3,2 mg, POA A2), rubrenolida (SF16-26, 22,8 mg) e a rubrinolida (SF16-28, 34,5 mg). Os valores de CE50 (µg/mL) contra o ABTS foram: epicatequina (1,93); AVA (2,16); POA A2 (7,22); APR (9,96) e rubrinolida (18,46). A CE50 contra o radical o DPPH• foi de: epicatequina (13,91); AVA (39,27) e POA A2 (58,17). Dentre a atividades observadas, destacam-se o potencial antioxidante da epicatequina (mais ativa); de AVA, de APR, de POA A2 e a atividade antioxidante inédita da rubrinolida contra o ABTS. Essa pesquisa foi inédita para S. rubra, apresentando outra opção de aproveitamento desse resíduos, para a descoberta de novos produtos naturais com potenciais biológicos.