Os hibridismos do artesanato quilombola do Rio Andirá, Amazonas: análise da rede sociotécnica à luz dos saberes locais e etnoecológicos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8019 |
Resumo: | Todo grupo social está conectado à uma importante rede estruturada pela natureza, seres humanos e objetos técnicos resultantes do encontro dos dois primeiros. Comunidades tradicionais são grandes exemplos de como é possível para as sociedades comporem uma rede que respeita a cultura, identidade, modo de vida local e mundo natural. Este estudo teve como foco delinear a rede sociotécnica que sustenta a produção de objetos artesanais de comunidades quilombolas do Rio Andirá, localizadas no munícipio de Barreirinha, Amazonas. A pesquisa aconteceu especificamente em três comunidades: Santa Tereza do Matupiri, Ituquara e São Paulo do Açu, a fim de entender como seus atores se conectam e atuam. A identidade, território e modo de vida dos quilombolas se mostraram definitivos para o fazer artesanal, e a partir destes o conjunto casa-roça-mata-rio surge guiando as práticas do artesanato. Os objetos aqui estudados, vassoura, paneiro, peneira, tipiti e diversos artefatos de barro, são imprescindíveis para a garantia da subsistência familiar e resultam da relação dos artesãos com o conjunto. Os quilombolas reconhecidos como feitores, são aqueles cuja vida se organizou em volta do fazer. Se tornaram artesãos reconhecidos por seus pares a partir das práticas manuais desde crianças estimuladas, dos saberes tradicionais acumulados, da experiência na mata e rios e do engajamento com o material. O artesão se mostra um ator híbrido que é resultado da conexão profunda do quilombola com sua comunidade, com a natureza e com o material trabalhado. Os objetos que são criados por estes evidenciam a história daquele que faz, daqueles que o ensinaram, da relação etnoecológica com a natureza a volta, da comunidade e necessidades de seus membros. |