Identidade política numa Central Sindical na cidade de Manaus: um estudo psicopolítico
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6173 |
Resumo: | Neste trabalho, procuramos compreender aspectos psicopolíticos da identidade política de pessoas que compõem uma central sindical da cidade de Manaus. Para isso, reportamo-nos a autores que fazem uma leitura da atual conjuntura política e da história no movimento sindical, trazendo conceitos e construções históricas. Além disso, dialogamos com autores que levantam conceitos que nortearam a reflexão acerca daquilo que foi discutido com os/as participantes da pesquisa, como o de política, o de identidade e a própria elaboração que a Psicologia, enquanto ciência emancipatória e transformadora traz desses marcos conceituais. Para isso, trouxemos num primeiro momento, enquanto elaboração metodológica, alguns aportes epistemológicos acerca do fazer ciência, para a partir daí adentrar no tipo de pesquisa, cuja base será qualitativa. Após isso, discorremos sobre os sujeitos e o local da pesquisa, a saber, sujeitos que fazem parte de uma Central Sindical da cidade de Manaus, a CSP-Conlutas. Também optamos como técnica e instrumentos de pesquisa as entrevistas individuais não-estruturadas ou despadronizadas e observação participante. Por fim, analisamos os dados coletados das entrevistas e da observação pelo método dialético, aprofundando o processo de constituição das identidades, e entendendo sua dinâmica a partir das contradições que surgem na realidade estudada. Na observação participante ficamos por cerca de 1 (ano) participando das atividades e percebemos a dinamicidade da conformação de identidades, constantemente reconfigurada de acordo com o contexto. A burocracia, os governos, e a polícia aparecem no jogo dialético das identidades políticas como o ELES que sustentam as relações de opressão, cujo desdobramento é a criação de um NÓS que tentam superá-la, como os movimentos sociais, os sindicatos etc. Já em relação às entrevistas, entrevistamos 05 (cinco) participantes durante o período de 02 (dois) meses. Houve um aprofundamento de como se conformam essas categorias assinaladas como ELES, além de uma melhor percepção de como se constroem o NÓS dentro da Central Sindical. Neste caso, mesmo existindo movimentos com suas peculiaridades e suas pautas de luta, a CSP-Conlutas, com seu programa e princípios, aparece como um organismo onde se sustentam identidades coletivas. Entretanto, essas identidades se mostram flutuantes, pois as diferenças surgem dentro da própria Central, não se construindo, não obstante a isso, relações de exclusão. Em relação ao ELES, nas entrevistas podemos vislumbrá-los de forma mais detalhada, como a construção da CSP-Conlutas a partir de uma dissidência com a CUT, e a polícia surgindo novamente na fala de um entrevistado. Por fim, a Psicologia Política surge como uma possibilidade epistemológica para pensarmos esses espaços nos quais os sujeitos que ali se encontram visam a transformação social a partir da superação das relações de exploração sustentadas pelo sistema capitalista. |