Formação e práxis do professor cego ou com baixa visão de Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lemos, Cátia de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1107294537559745
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7416
Resumo: Educar não é e nunca foi uma tarefa fácil, mas, torna-se a cada dia um desafio ainda maior quando falamos na formação de professores em uma perspectiva inclusiva. Desafio constante, que instiga, alegra e decepciona, porque ser inclusivo é uma questão de escolha, por isso, é tão fundamental que todos nós exijamos dos órgãos formadores uma educação voltada para a construção da tão sonhada sociedade para todos. Inspirados nestes pressupostos emergiu a Dissertação de Mestrado intitulada: Formação e Práxis do Professor Cego ou com Baixa Visão de Manaus, aprovada pelo CEP/UFAM – CAAE nº 054.0.115.000-08. Teve como objetivos identificá-los, verificar como foi a formação acadêmica e profissional de cada um, para a partir daí, realizar um estudo acerca das dificuldades enfrentadas cotidianamente, bem como a superação dos próprios limites no desempenho pessoal e profissional destes professores. A pesquisa assumiu uma abordagem qualitativa com o enfoque na dialética e foi desenvolvida em instituições que atendem a pessoa com deficiência visual na cidade de Manaus – AM. Foram entrevistados 11 professores com deficiência visual entre maio e setembro de 2008, período destinado à coleta, sistematização e análise dos dados obtidos. Aplicou-se entrevistas semiestruturadas com Observação Direta aos participantes, para que eles pudessem relatar com maior liberdade os pontos que lhes eram relevantes. Assim, teve-se a oportunidade de conhecer os relatos de vida dos professores com deficiência visual de Manaus e, interpelados acerca do processo de formação. O professor “d” revelou: “enfrentei dificuldades no Instituto de Educação do Amazonas, depois, fui para a Universidade Federal do Amazonas cursar História. Os professores não se sentiam preparados para me dar aulas. Passei por maus momentos [...]”. Algo comum em todas as falas analisadas é que, apesar de todos os obstáculos enfrentados pelos professores, há uma fascinante vontade de continuar este processo de formação na construção de novos saberes e no aprimoramento da qualificação para o trabalho. Ousa-se acreditar que a inclusão é possível, pois, querendo ou não chegamos até aqui para provarmos que uma boa formação acadêmica e profissional constrói cidadãos preocupados com a tessitura de uma educação e porque não dizer de uma sociedade muito melhor para todos. Com a esperança de que este trabalho não se esgote em si, mas, suscite novos estudos, neste sentido é que se sugere algumas pistas como: A Formação Crítica, Ética e Política dos Professores Cegos ou com Baixa Visão; Inclusão: mudando conceitos, paradigmas e histórias de vida. Estes são alguns temas que podem suscitar interesses para novas pesquisas nesse campo de atuação, pois, o conhecimento não é estanque, é inacabado e somente se sustenta com a novidade aprendida a cada dia.