Sorgo sem tanino em dietas de juvenis de tambaqui

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araújo, Hilacy de Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0212636930645726
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8042
Resumo: Com o aumento do consumo de pescado pela população e como a pesca atingiu seu limite máximo, a forma mais viável de atingir a crescente demanda é através da piscicultura. No entanto, pesquisas devem ser desenvolvidas visando um maior desempenho dos animais e redução dos custos com alimentação. A substituição dos ingredientes convencionais, denota opção viável para redução dos custos com ração. O sorgo sem tanino é um ingrediente energético que possui similaridade nutricional ao milho. O presente estudo teve como objetivo avaliar a substituição de milho por diferentes níveis de sorgo sem tanino na dieta de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) no desempenho zootécnico e no custo da formulação das rações. O experimento foi conduzido no Setor de Piscicultura da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, Amazonas, Brasil. O ensaio foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em 6 tratamentos (substituição do milho em 0, 20, 40, 60, 80 e 100% pelo sorgo) x 4 repetições. As unidades experimentais foram constituídas por lotes de juvenis de tambaqui com 7 peixes por gaiola de 70 L com peso médio inicial de 30 g e comprimento médio inicial de 10 cm, alojados em caixas d’água de 1.000 L. Para preparo das rações foram utilizados os ingredientes milho, farelo de soja, sorgo sem tanino (cultivar BRS 330), sal comum, óleo de soja, fosfato bicálcico, premix mineral e vitamínico. Formuladas no programa Super Crac versão 5.7, atendendo as exigências dos animais e de acordo com os níveis de substituição. Os peixes foram alimentados por 60 dias. Foram avaliados os índices de desempenho zootécnico (ganho de peso (GP), conversão alimentar aparente (CAA), taxa de crescimento especifico (TCE) e as relações somáticas), aferição da glicose circulante e uma exploração do custo benefício da ração formulada. Os resultados demonstraram que para ganho de peso a substituição de 0 a 100% não apresentou diferença estatística. No parâmetro relação lipossomática, 100% de substituição apresentou menor deposição de gordura peritoneal. A substituição de 80% do milho pelo sorgo culminou em um menor custo de produção, sendo 27,4% inferior comparado ao controle. Os outros parâmetros avaliados não apresentaram diferença estatística. Concluiu-se que o sorgo pode substituir o milho em dietas para juvenis de tambaqui sem quaisquer alterações negativas no desempenho zootécnico, no entanto, a substituição mais recomendada corresponde a 85%, pois apresentou melhor desempenho, menor custo de produção e melhor qualidade da carcaça do peixe produzido.